Working for you

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Yoochun lutaria pelo que era seu por direito, mas não poderia fazer isso sozinho... Precisava de alguém.

- Junsu? – chamou depois de longos segundos.

- Hum? – murmurou enquanto arrumava os documentos no envelope novamente.

- Aceita trabalhar pra mim?

- Trabalhar pra você? – franziu o cenho.

- Sim. Quero reaver tudo que é meu, e sei que não conseguirei sozinho.

- Olha Yoochun, entendo o quando você deve estar se sentido traído, mas se quiser ter uma vida tranquila é melhor pegar esses documentos e o dinheiro e viajar para o outro lado do mundo! – fitou-o sério.

- Você acha que vou abrir mão da minha vida por culpa desses dois? Sabe quanto tempo eu demorei para chegar aonde estou hoje? Sabe o quanto eu trabalhei dia e noite para erguer minha empresa? Quantas noites em claro? Fins de semana trancafiado em um escritório? Você sabe? – alterou o tom de voz.

- Oh, agora entendo porque levou um par de chifres – falou sem pensar, recebendo um olhar fulminante do maior – Ta, vamos supor que eu te ajude, o que vou ganhar com isso?

- Dinheiro, muito dinheiro – respondeu ignorando o comentário anterior.

- De quanto estamos falando? – perguntou interessado.

Yoochun curvou-se até a mesa de centro pegando um dos envelopes - que continha os dados da conta que Yoohwan havia depositado dinheiro para si. Retirou os papeis de dentro até localizar o valor disposto. Sem dizer nada entregou a folha para Junsu que arregalou os olhos ao ver o tanto de zeros.

- Metade do que tem ai, e posso te dar mais quando conseguir minha empresa de volta.

Junsu tentou parecer indiferente o máximo possível, mas a verdade era que nunca haviam lhe pago tão bem assim. Claro que ao longo dos anos e com tantos trabalhos já havia ganhado uma boa quantidade de dinheiro, mas aquela quantia era enorme!

- E por que eu? – largou a folha na mesa, como se aquilo não significasse nada e cruzou os braços, encarando Yoochun, cético.

- Bom, você já conhece toda historia, seria mais fácil e também eu confio em você – declarou, em seguida escutando a risada alta de Junsu.

- Confia em mim? Nós não nos conhecemos nem há 24 horas! Com essa atitude não me é estranho que tenha sido enganado por tanto tempo debaixo do seu nariz – riu novamente.

Yoochun respirou fundo, quase se arrependendo de sua decisão. Pelo visto a convivência com Junsu não seria nada fácil, principalmente com a língua afiada que ele tinha. Mas não tinha alternativa, não conhecia mais ninguém que poderia lhe ajudar com aquilo, e revelar toda historia para um desconhecido poderia ser mais prejudicial do que benéfico.

- Você vai aceitar ou não? – perguntou impaciente.

- Bom... Se você insiste tanto – sorriu de canto e Yoochun revirou os olhos – Por onde vamos começar?

- Começar? Hum... Err... – coçou a nuca, nervoso.

- Tsc, tsc, você sequer tem um plano?

Yoochun virou o rosto fugindo do olhar inquisidor de Junsu.

- De quem é essa casa? – o maior perguntou depois de alguns segundos.

- Foi alugada pelo seu irmão – respondeu e o maior lhe fitou espantando.

- E você pretendia me contar isso quando?

- Nunca... Até por que nesse momento nós devíamos estar saindo daqui – respondeu pacientemente.

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