Protecting You

Trusting you

Yoochun mantinha total atenção à tela de seu notebook, onde era exibida a imagem de Jihyo com seu comparsa Taek Bae. Assim como nos últimos dias, eles se encontravam sempre logo após o almoço e conversavam por cerca de meia hora.

Taek Bae levava relatórios financeiros e sempre atualizava Jihyo sobre os lucros da empresa, informações essas que não eram de nada úteis para Yoochun, uma vez que como atual presidente da organização, Jihyo tinha o pleno direito de obter aquelas informações. Porém para sua sorte não era somente sobre isso que eles conversavam.

Nos primeiros dias Yoochun não conseguiu ouvir nada que pudesse usar ao seu favor, e as poucas conversas mais "estranhas" entre Jihyo e Taek Bae, eram realmente estranhas, no sentido de que parecia que ambos falavam em código, como se soubessem que estavam sendo monitorados a todo segundo.

Na verdade eles só eram precavidos demais. Demais mesmo.

E obviamente isso frustrou o empresário, que agora se via na obrigação de monitorar Jihyo o dia todo para conseguir nem que fosse uma migalha. E conseguiu.

No dia anterior Jihyo parecia um pouco agitada desde que chegou na empresa pela manhã, e quando Yoochun viu ela chamar o comparsa tão cedo, soube que enfim o destino estava ao seu favor. Agradeceu mentalmente por ter colocado a escuta com uma mini câmera embutida.

A conversa no início foi bastante confusa, Jihyo acusava Taek Bae de ter feito alguma coisa errada, enquanto o homem se defendia falando que caso não tivesse feito aquilo, acabaria em maus lençóis com seu superior imediato.

Conforme a discussão transcorreu, Yoochun percebeu que eles falavam sobre algum desfalque nos lucros da empresa, que Taek Bae se viu obrigado a usar Jihyo como desculpa no relatório feito para seu chefe. Ele disse que Jihyo planejava sociedade com uma empresa japonesa, por isso teve que obter a quantia necessária sobre os lucros.

- Você não deveria ter feito isso, seu idiota! Se essa historia vazar vão começar a desconfiar! – Jihyo ralhou enfurecida.

- E se eu não digo nada, ele iria achar que eu era o culpado e me colocaria no olho da rua! E não seria pior você ter que intervir na demissão de um empregado acusado de fraudar sua empresa?

- Mesmo assim! E agora? Onde diabos eu vou arrumar um investidor japonês?

- Use seus contatos – deu de ombros – Não é como se você não os tivesse...

- Você sabe que meus contatos não tem nada a ver com grandes empresários!

- Ah, esqueci, você agora só envolve com máfia, não é? – sorriu de canto.

Jihyo estreitou os olhos e caminhou lentamente até Taek Bae. Ela o fitava com tanta ansiedade que acabou por fazer o homem engolir em seco. O barulho de seu salto alto ecoando pelo piso serviu para deixá-lo ainda mais nervoso.

- Taek Bae-ssi, escute muito bem o que vou te falar agora: Você só chegou onde está por minha causa, é graças a mim que sua conta bancaria cresce a cada dia que passa, e é o meu dinheiro que você usa para se divertir com essas prostitutas, então muito cuidado com o que fala. Eu te coloquei no topo, e eu também posso te derrubar, e te garanto que a queda será feia, muito feia... Talvez pior do que foi para Park Yoochun.

- D-Desculpe... E-Eu...

- Saí – ordenou em voz baixa, porém firme.

Taek Bae não pensou duas vezes, e praticamente correu para fora da sala de Jihyo.

Aquele desentendimento foi o suficiente para deixar Yoochun satisfeito. Com apenas algumas palavras trocadas, havia ficado claro o fato de Jihye desviar dinheiro da empresa, estar metida com a máfia e ainda ela teve a ousadia de ameaçar a vida de seu comparsa, mesmo que implicitamente.