Os corpos suados se chocavam violentamente; gemidos preenchiam aquele quarto de Motel enquanto dois homens chegavam ao ápice, liberando seus prazeres de forma intensa e maravilhosa... Ao menos para um deles.
O homem que estava por cima fez menção de abraçar o menor abaixo de si, mas ele rapidamente se esquivou e levantou-se da cama, à procura de suas roupas.
- Aonde vai? – franziu o cenho.
- Para casa, está tarde – respondeu seco.
- Mas eu reservei esse quarto pela noite inteira!
- Tenho coisas para fazer amanhã – desconversou enquanto colocava a calça.
- Amanhã é sábado Junsu!
- Eu sei.
- Você adora fazer isso não é? – indignou-se – Quer saber? Vai se foder – levantou-se e foi em direção ao banheiro apressadamente – Você ainda vai cair desse pedestal, e quando isso acontecer não pense que estarei aqui que nem um cachorrinho balançando o rabo pra você não; pra mim chega! Não me ligue mais!
- Foi você quem me ligou Andy – disse desinteressado.
Tudo que Junsu ouviu a seguir foi a porta do banheiro bater com força, demonstrando toda raiva de Andy.
O menor suspirou pesadamente e sem se preocupar em despedir-se saiu daquele quarto e foi em direção à garagem onde estava seu carro.
Junsu sabia que não estava agindo bem, tinha plena consciência de que Andy nutria sentimentos sinceros por ele, mas simplesmente não conseguia corresponder. Na verdade o único motivo pelo qual continuava se encontrando esporadicamente com o maior era a semelhança dele com uma pessoa de seu passado...
Praguejou baixinho quando a imagem do homem que procurou por tanto tempo adentrou sua mente. Será que ele nunca lhe deixaria em paz? Havia se passado malditos seis anos! Até quando iria se lembrar dele?
Riu desanimado enquanto ligava o carro e saia da garagem, em direção ao seu apartamento. Os últimos seis anos de sua vida se resumiam em uma completa frustração, não conseguia se relacionar com ninguém, e até o sexo era difícil; mesmo que sentisse prazer não conseguia deixar de comparar todos com ele, era inevitável!
Ligou o radio tentando se distrair com alguma programação boba da madrugada, mas como previa não deu certo. Seus pensamentos sempre remetiam a mesma pessoa...
- Yoochun... – sussurrou baixinho, deixando aquele nome sair de seus lábios depois de tanto tempo.
Na verdade nem tanto tempo assim, a última vez havia sido há um mês, depois que saiu com mais um desconhecido. Era sempre assim, mesmo que nunca esquecesse Yoochun, tudo piorava quando Junsu transava com alguém, era automático, pensava nele desde as preliminares até conseguir chegar em casa e pegar no sono. E foi exatamente por isso que pisou fundo no acelerador.
- Esse desgraçado realmente conseguiu frustrar minha vida sexual! – reclamou mais uma vez daquele fato.
Devido a alta velocidade e os poucos carros na rua Junsu chegou rapidamente ao seu apartamento, e assim que adentrou-o foi deixando um rastro de roupas pelo caminho até o banheiro, onde ligou o chuveiro, logo sentindo a água morna por todo seu corpo.
Junsu fechou os olhos, e quando cenas de seis anos atrás passaram por sua mente ele não tentou evitá-las... Nunca tentava.
Era o final de seu primeiro ano na universidade. Depois de muita insistência por parte de seus amigos Junsu acabou aceitando ir para festa de uma fraternidade, mesmo que ambientes lotados, musicas altas e pessoas bêbadas não lhe agradassem em nada.
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10 Ways to Love
RomanceCinco homens e dez chances de serem felizes. Qual será a melhor?