Capítulo 15

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No dia seguinte eu acordo com o despertador do meu celular berrando na minha orelha, levanto e desligo o alarme enquanto solto um bocejo de puro sofrimento.

Abro as cortinas e deixo a luz entrar no quarto que estava completamente escuro, pego uma toalha no guarda roupa e vou até o banheiro social. Tomo um banho bem quente e demorado para acordar, após terminar me seco, escovo os dentes e volto até meu quarto.

Escolho uma roupa quente e jogo na cama, pego uma das minhas lingeries e a visto logo depois pegando um hidratante corporal com fragrância floral. Passo o hidratante pelo corpo inteiro e espero alguns minutos para o creme secar, visto uma calça jogger cinza e quando estou terminando de vestir minha regata branca o Christoffer entra no quarto.

— Bom dia! — Ele fala animado com um copo de iogurte na mão e uma colher.

— Você não sabe bater? Eu estava de lingerie há um minuto atrás! — Falo e pego um casaco de moletom preto o vestindo em seguida.

— Droga, eu sempre estou atrasado. — Ele reclama e encosta na porta do meu quarto. — Quer uma carona para a escola?

— O que você está aprontando? — Pergunto desconfiada com sua animação repentina.

— Eu não estou aprontando nada, só quero ser legal. — Ele dá de ombros e continua tomando seu iogurte tranquilamente, e eu permaneço o olhando prestando atenção em seus movimentos, quando seu olhar volta ao meu e me pega no flagra. — Eu sei que eu sou gostoso, mas se você não parar de me encarar assim nós vamos acabar nos atrasando.

— Eu não estava encarando. — Falo na cara de pau e cruzo os braços.

— Claro que não. — Ele sorri e dá um passo para trás. — Você vai vir ou não?

— Eu vou.

Pego o meu cartão de débito onde minha mãe depositava uma quantia mensalmente para eu usar quando precisasse e guardo na minha bolsa, ia comprar algo para comer na escola mesmo.

Ao chegar no colégio vou direto na direção do refeitório, havia alguns estabelecimentos que vendiam lanches fora o que já era oferecido gratuitamente pela instituição.

— Ei, loser. — Ingrid fala assim que passo por ela e para na minha frente.

— Eu não estou em um bom momento, Ingrid. — Tento desviar dela, mas ela se coloca na minha frente mais uma vez.

— Eu não estaria também se meu rosto fosse como o seu. — Ela sorri debochada e eu não consigo evitar o revirar de olhos.

— Pelo menos minha personalidade é melhor que a sua. — Respondo sem ânimo algum e ela me olha com indiferença. — Eu não tenho tempo para a sua estupidez, tenho aula agora e você está me fazendo perder tempo aqui.

— Pare de tentar parecer legal. — Ela franze as sobrancelhas e me olha de cima a baixo. — Só mais uma coisa, Eva. — Ela dá um passo na minha direção e aponta o dedo para mim. — Fique longe do John.

Minhas sobrancelhas se franzem tanto que eu tenho a impressão de que elas vão colar uma na outra com tamanha confusão que eu sinto.

Quem caralhos é John?

Quando me recupero do choque resolvo terminar o que eu ia fazer, compro um lanche e suco natural. Como as aulas já estavam prestes a começar vou comendo enquanto ando até a sala.

A aula era de biologia, me sento em um dos lugares e após alguns minutos Iben chega e se senta ao meu lado. Nós nos cumprimentamos e ficamos em silêncio prestando atenção no livro que a professora tinha nos mandado ler.

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