Capítulo 5

1.2K 89 34
                                    

— Oi, Noora. Onde você está? — Pergunto assim que Noora atende o celular.

— Não vou pra escola hoje. Eu… tô com o estômago ruim. — Arqueio as sobrancelhas ao notar a hesitação dela, tinha alguma coisa errada.

— Toma uma vitamina e vem! Eu preciso de você hoje. — Suplico e tomo um gole do maravilhoso suco de maracujá que havia pedido uns minutos atrás.

— Olha, Eva. Eu só preciso ficar em casa hoje, eu te vejo amanhã. — Ela desligou antes que eu pudesse pensar em responder.

Estranho.

Suspiro irritada escorrego na cadeira, nem o suco de maracujá era capaz de acalmar meus ânimos, desde a hora que eu acordei até agora, absolutamente tudo que eu fiz deu errado e agora eu não tenho nem a minha melhor amiga pra me ajudar.

Esse dia tá uma droga.

— Esse dia tá uma droga. — Christoffer bufa ao se jogar na cadeira do meu lado, um braço estava jogado na mesa segurando o celular e o outro na cadeira em que eu estava, por trás das minhas costas. — Eu tentei conversar com a Vilde três vezes hoje, mas ela continua me ignorando.

Franzo as sobrancelhas assim que ele termina de falar, Vilde ignorando ele? Pra começo de conversa, desde quando eles se falam?

— Não fique tão surpresa, ela é gostosa. — Reviro os olhos e volto a tomar o meu suco não milagroso.

— Então… Você tá afim dela? — Pergunto com o canudo ainda na boca.

— Depois da festa, eu não consegui parar de pensar nela. — Uh, que romântico. — Preciso da sua ajuda. — Paro de tomar o meu suco e arqueio as sobrancelhas pra ele, com um sorriso de puro deboche. — Obviamente, tem algo de errado com ela.

— Já passou pela sua cabeça, alguma vez na sua vida, que algumas garotas só não te acham atraente?

— Nah. — Ele dá um sorriso malicioso. — Então, você vai conversar com a Vilde por mim?

— O que eu ganho por isso? — Cruzo os braços em cima da mesa.

— Eu faço seus trabalhos por uma semana. — Finjo um bocejo. — Ok, por um mês. — Olho séria pra ele, sério?— Então? O que você diz?

— Dois meses de trabalhos. Incluindo os em grupo.

— Coisas que eu faço pelo amor… — Ele suspira e estala a língua no céu da boca. — Tudo bem.

— Christoffer, foi um prazer fazer negócios com você. — Levanto pegando a minha bolsa e jogando por cima do meu ombro direito.

Estendo a mão para Christoffer firmando o nosso negócio, ele aperta levemente e quando eu me viro para ir embora ele me puxa novamente pelo pulso.

— Me faz um favor e não conta pra ninguém que nós conversamos sobre isso, ok?

— O que? Não quer que as pessoas descubram que o grande Christoffer super legal tem uma “crushzinha”? — Sorrio irônica.

— Eva, por favor. — Ele aperta um pouco minha mão, não grosseiramente, mas como um carinho.

—Você sabe que pode confiar em mim.

— É, eu sei. Obrigado.

Logo que o sinal bateu indicando o fim da aulas daquele dia, eu saí o mais rápido possível da sala para ir até a casa da Noora. Sim, eu iria encher o saco dela até descobrir o motivo da mentira dela.

Quando eu estava prestes a passar pelo pátio ouço uma voz me chamando.

— Ei, Eva! Espera aí! — Me viro e vejo Vilde que corre em minha direção. — Eu vi você conversando com o Chris no intervalo. Ele… disse alguma coisa pra você? — Ela pergunta assim que me alcança.

EXCHANGE  [SKAM]Onde histórias criam vida. Descubra agora