Capítulo 21

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— E você vai entrando assim? — Aponto a porta aberta após a invasão dele.

— Me desculpa. — Ele fala baixo e respira fundo.  — Eu quero acertar as coisas com você, eu não estou interessado na Ingrid… Eu só queria que você soubesse. — Vejo sinceridade em seus olhos e solto um suspiro, no fundo eu sabia que não.  — Eu só estava chateado que você estava com o Jonas.

— Você estava com ciúmes, uh? — Ergo uma sobrancelha e sorrio vendo ele bufar em seguida.

— Não começa, Eva. — Ele revira os olhos e eu paro de sorrir lembrando do que havia descoberto.

— A Ingrid está por trás disso tudo, eu não acredito que ela foi capaz de chegar nesse nível para ficar com você. — Reviro os olhos e me jogo sentada na minha cama, Chris se senta na minha frente. — Por um minuto eu cheguei a pensar que você queria ela.

— Isso é estúpido. — Ele dá risada e se aproxima com um sorriso malicioso. — Por que eu iria querer ela se eu te tenho bem aqui. — Ele fala já bem próximo do meu rosto e eu tenho de resistir a tentação de fechar os olhos, mas para a minha infelicidade, ele se afastou. — Você está livre agora? Eu quero tirar o dia com você, e nós podemos fazer um piquenique no parque, talvez até nadar, o que você me diz? — Dou um sorriso e confirmo com a cabeça.

— Eu adoraria.

Christoffer avisa que já havia comprado algumas coisas e diz que vai me esperar no carro. Me visto com um vestido florido vermelho claro, coloco um casaco jeans por cima e calço um tênis branco. O dia estava até que bonito, o sol estava esquentando um pouco, mas o vento ainda batia bem gelado.

Nós fomos de carro até um parque afastado do centro da cidade, não havia ninguém ali, apenas nossos amigos pássaros.

Ajudei Christoffer a tirar do carro tudo o que ele trouxe para nós comermos e nos ajeitamos em cima de um lençol branco.

— Isso é o que eu estou pensando? — Pergunto quando reconheço aquela caixa fechada, num tom rosa pastel.

— Cupcakes da sua loja favorita. — Ele afirma com um sorriso lindo no rosto e eu acabo sorrindo junto.

— Você é o melhor. — Ele se aproxima e rouba um selinho meu. — Eu não acredito que nós estamos num encontro.

— Nem eu. — Ele dá risada, deitado apoiado em um dos braços.

— Se minha mãe descobrisse ela ficaria louca. — Dou risada só de imaginar o jeito histérico dela.

— Eu acho que ela seria sortuda de me ter cuidando de você, eu sou um cavalheiro. — Ele pisca na minha direção no mesmo momento que morde um morango.

— Fala isso para ela.

— Eu acho que não. — Nós rimos juntos e eu me arrasto até Christoffer, ficando com o rosto por cima do dele, alguns fios caem em seu rosto e ele delicadamente coloca eles atrás da minha orelha. — Ela não pode me fazer ficar longe de você… nada pode. Eu sei que parece que o mundo não nos quer juntos agora, mas eu vou lutar por você. — Eu tenho certeza que meu sorriso pode bater na orelha de tão grande que está, aproximo meu rosto do dele e sou recebida com um selinho casto nos lábios, que logo vira um beijo calmo. — Tem algo que eu preciso te dizer. — Chris diz depois de nos afastarmos.

— O que? — Eu tento evitar a sensação de medo, mas é inevitável. Ultimamente as coisas só davam errado para gente.

— O último a entrar na água é a mulher do padre. — Ele me empurra de leve para o lado e sai correndo tirando as roupas no meio do caminho.

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