Super Luthor ⋆ [ Supercorp G!P ]

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A manhã seguinte começou como todas as outras: quieta e silenciosa, exceto pelo fato de que Kara havia surgido na sala com uma toalha enrolada no pescoço, calça de moletom e um top esportivo. Seus cabelos estavam presos num coque desleixado. Lena havia acabado de tomar seu café da manhã e ainda se sentia um pouco chateada com a recusa da loira, mas compreendia seus motivos. Kara estava saindo com alguém e passando por problemas amorosos. E como ela mesma havia dito: "Será uma festa para adolescentes na puberdade."

━ Você está bem, Lena?

Perguntou ao abrir a garrafa de seu shake natural e tomar um gole satisfatório. Lena deixou a xícara de porcelana no pires e suspirou enquanto acompanhava com os olhos, uma gota de suor escorrer pelo abdômen esculpido da Kryptoniana e sumir naquele V indecente de sua calça. ( Quem havia dado permissão para que algo tão erótico fosse exibido com tamanha liberdade? )

━ O quê? Sim, estou ótima.

A irlandesa respondeu um pouco rápido demais, ainda que o rubor em seu pescoço e orelhas contasse outra história. Kara suspirou, deixando a garrafa sobre a mesa e em seguida abriu as pulseiras de Kryptonita que usava nos pulsos para poder treinar com um pouco de limitação.

━ Seu coração parecia um pouco acelerado.

A loira respondeu antes de desaparecer numa explosão de super velocidade e reaparecer com uma caixinha de chumbo e as pulseiras dentro. Lena alisou a saia de pregas preta e levantou-se, andando despreocupadamente com a xícara, um livro e o pires nas mãos.

━ Estou bem, Kara. Você não tinha um projeto da minha mãe para concluir ou algo do tipo?

Chateada, a irlandesa se dirigiu até o jardim da residência, com uma Kara seguindo seus passos como um cãozinho domesticado. Um belíssimo chafariz estava borbulhando com água limpa quando Lena sentou num banco sob uma árvore bem cuidada e desistiu de qualquer pretensão de ler. Kara sentou-se ao seu lado e seu coração acelerou com aquela aproximação.

━ Algo está incomodando você, Lena. O que é?

Kara tentou, numa abordagem mais delicada ao tocar a mão da garota de cabelos negros e sedosos. Lena estremeceu com o toque, puxando a mão suavemente para se desvencilhar daquele contato. Kara tinha uma mão quente e levemente calejada e aquilo fazia coisas dentro de Lena. Coisas que ela não poderia revelar, mas que já estava falhando em disfarçar.

━ Você me confunde demais, Kara. Eu achei que teríamos um bom momento e que essas férias de verão me fariam bem, mas aqui está você e definitivamente isso não ajuda muito na minha paz interior.

As palavras dela chocaram a Kryptoniana que tratou de levantar, amordaçar um pouco a toalha ao redor do pescoço e franzir o cenho em confusão.

━ Sinto muito. Eu acredito que seja difícil ter de lidar com tantas coisas. Uma carreira em formação, sua vida acadêmica e uma nave espacial enterrada no seu jardim. Eu... sei que estamos longe de sermos algo próximo do "normal", mas farei o meu melhor para não ser um incômodo. Posso levá-la à festa da Andrea mais tarde, talvez seja mais divertido do que ficar confinada numa mansão com alguém como eu. Eu acredito que você precise de um tempo para si, para relaxar um pouco.

Lena se sentiu subitamente arrependida de suas palavras e tentou um contra argumento, mas Kara já havia voltado para dentro e parecia magoada. Aquele dia havia começado da pior maneira possível e Lena não sabia com que humor iria para a confraternização de Andrea.

▪ ▪ ▪

Às 22:45 da noite Lena terminou de fazer uma maquiagem leve para a festa, pegou o celular e enviou uma mensagem para Andy, avisando sobre sua chegada. Andrea provavelmente estaria cuidando de tudo para que fosse perfeito, pensou Lena. Como prometido, Kara a esperava para levá-la. Com as chaves da moto e capacetes prontos, a Kryptoniana se sentiu estranhamente arrebatada pela figura de Lena. A garota usava um vestido delicado de babados e saltos. Os cabelos estavam escorridos pelas costas enquanto Lena segurava uma pequena carteira de mão com o que deveria ser seu celular, alguma quantia de dinheiro e um batom em algum lugar. Kara sentiu uma pequena pontada incômoda no estômago e pensou que aquela era a típica festa de adolescentes imprudentes e bêbados. Lena estava linda e ficaria sozinha, o que parecia piorar tudo um pouco mais.