Capítulo 6

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NÃO FAÇO IDEIA DE COMO KOVU ME CONVECEU, durante a aula, a ir com ele dirigindo e não irmos cada um no seu carro

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NÃO FAÇO IDEIA DE COMO KOVU ME CONVECEU, durante a aula, a ir com ele dirigindo e não irmos cada um no seu carro. Sábado à noite — a noite de nosso trabalho —, pouco antes do pôr do sol, eu me vi subindo na imensa caminhonete prateada. Meu estomago estava contorcido desde sexta à noite, quando Jordan começou a me atormentar a respeito da festa à qual ele e Brianna iriam. Parecia ser uma festa bem-intencionada e eu queria ir, mas não consegui me forçar a sair. Além dos mais, eu não tinha ideia de onde ficava a casa, já estava tarde quando ele começara a me mandar mensagens e estava caindo uma tempestade.

E naquele momento eu estava tão nervoso quando um rato num quarto cheio de gatos. Por mais bobo que isso fosse, eu nunca tinha ficado sozinho dentro de um carro com um cara. Mesmo só admitindo para mim mesmo, aquilo soava incrivelmente patético. A ponto de eu querer levar aquele pensamento comigo pata o tumulo.

Kovu enfiou a chave na ignição e olhou para mim. O boné de beisebol estava virado para trás de novo. Por trás dos cílios grossos, seus olhos brilhavam como duas safiras.

— Está pronto?

Vestindo minha camisa preta favorita, acenei com a cabeça. Quando o vira ontem pela manhã na aula de Astronomia, ele estava de novo com seu humor de costume — brincalhão, paquerador e oferecendo cookies. Eu esperava que fosse sinal de que o que quer que rolara entre ele e Justin tivesse sido resolvido.

— Tem certeza de que não podemos fazer isso por aqui mesmo?

— Esse lugar será perfeito. Eu jamais o levaria para uma enrascada, Daníel.

— Tudo bem — murmurei, apertando as mãos. Virei-me para a janela e fiquei observando a paisagem, deixando para trás o campus e cruzando a ponte até Maryland.

Quinze minutos depois, Kovu pegou a estrada que levava ao centro de visitantes em Antietam National Battefield. O nerd que vivia em mim começou a dar pulos de alegria bem ali, mas eu estava nervoso demais por estar ali àquela hora da noite com Kovu. Não que ele parecesse o tipo de cara que tentaria qualquer coisa, mas, pela minha experiência, não havia "tipo de cara" quando se tratava desse assunto. Meus nervos pareciam prestes a estourar de tão tensos.

— Tem certeza de que podemos ficar aqui a esta hora da noite? — perguntei, olhando à nossa volta.

— Não. — Ele estacionou numa das vagas. Havia apenas alguns poucos carros.

Olhei para ele, assustado.

— O quê?

Ele riu ao desligar o motor.

— Estou brincando. Só precisamos dizer para um segurança que somos da universidade. Eles não vão encrencar com nada.

Assim eu esperava. A ideia de ser perseguido e expulso de um campo de batalha por um segurança não estava na minha lista de coisas a fazer antes de morrer. No entanto, depois de olhar rapidamente pata Kovu, parecia que isso meio estava em seus planos.

ESPERO POR VOCÊ! [ROMANCE GAY]Onde histórias criam vida. Descubra agora