Capítulo 14

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UMA PEQUENA MULTIDÃO SE FORMOU EM VOLTA DE KOVU e do cara

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UMA PEQUENA MULTIDÃO SE FORMOU EM VOLTA DE KOVU e do cara. Alguns observadores com real interesse, outros só zombando da luta.

Kovu estava segurando o cara com apenas uma mão no peito dele. Ele colou o rosto no do rapaz, e a outra mão estava pronta para dar um soco.

— Que merda é essa, cara? Você tem algum problema de audição?

— Foi mal — babou o cara, com as mãos levantadas de lado. — Nós só estávamos dançando. Não tinha outra intenção.

— Kovu. — Minha voz saiu espremida, rouca, conforme fui me aproximando.

Bria estava do meu lado e segurou meu braço.

— Não se intrometa, Daníel.

Como eu podia não me intrometer? Meu estomago ficou revirando e a pouca cerveja que havia bebido subiu à garganta.

Kovu empurrou o cara contra a parede de novo e, então, Jensen apareceu de repente, passando um braço em volta da cintura de Kovu, puxando-o para trás. O cara desmoronou pela parede, com os olhos fechados.

— Você precisa se acalmar, porra — disse Jensen.

Kovu se desvencilhou do amigo, com o olhar fixo no outro cara.

— Porra, me solta, Jensen.

— Nem fodendo. — Jensen entrou no meio deles, colocando as mãos no peito de Kovu. — Você não precisa disso, lembra? Entrar numa briga é a última coisa de que você precisa agora. Então trate de se acalmar.

Alguma coisa que Jensen pareceu afetar Kovu. Ele olhou mais uma vez para o cara na parede e afastou bruscamente as mãos de Jensen. Kovu se virou, embrenhando as mãos pelos cabelos. Em seguida, olhou para mim e Bria em meio às pessoas que estavam ali. Começou a vir até mim, mas Jensen disse alguma coisa que o impediu. Do nada, Justin apareceu e colocou uma garrafa de cerveja na mão de Kovu. Os dois amigos o levaram para dentro de casa. Parti na direção deles, mas Bria logo me prensou num canto, com as asas balançando, e me olhou séria.

— Que diabos aconteceu?

— Eu não sei. — Meu peito subia e descia rapidamente. — O cara não me soltava e Kovu surgiu do nada. Eu preciso...

— Não. — Ela me impediu, bloqueando a passagem. — Você precisa deixa-lo se acalmar. Ele está com os amigos, deixe estar.

Esfregando as mãos nos quadris, demorei para processar o que Bria havia dito. Havia uma grande chance de eu vomitar bem ali. Olhei em volta, torcendo para que meu coração desacelerasse. Algumas pessoas estavam nos observando. Outras tinham perdido interesse na hora em que ficara obvio que não haveria mais briga. Harriet estava próxima da mesa de pingue-pongue e apertou os lábios quando nossos olhares se encontraram. Voltei a ouvir a música que batia no mesmo ritmo do meu coração. O suor brotava da minha testa.

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