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Eu gosto do Kaminari?

Ele se assumiu gay, então talvez eu tivesse uma chance com ele, não? Talvez isso seja só uma paixãozinha passageira de um adolescente.

A maior parte dos meus namorados e namoradas (que pra falar a verdade não foram muitos) foi por ambos estarmos carentes. Talvez esses sentimentos sejam isso.

São tantos talvez, mas nenhuma resposta concreta.

Sinto o café que estava colocando na xícara escorrendo e entrando em contato com minha pele. Deixo a chaleira de café de lado e vou para a pia da cozinha o mais rápido possível, e quando chego lá abro a torneira e rapidamente a água fria entra em contato com minha pele, me deixando um pouco mais aliviado, por causa que o café estava realmente quente.

— Você deve estar com bastante sonos mesmo, por colocar toda essa quantidade de café no copo — O Shouta diz pra mim sentado na mesa de jantar.

— Eu só tava brisando e perdi totalmente a noção do que tava fazendo — pego um pano de lavar pratos que estava estendido para secar minha mão.

— Quando você chegar em casa eu vou ter saído. Vou ficar meio período na academia e vou para a casa do seu pai direto por causa do casamento.

— Quando eu chegar em casa eu vou me arrumar e ir pra uma festa. — digo pegando a cabeça de café e indo para a pia novamente jogar metade do líquido fora. Eu não iria beber tudo aquilo.

— De quem?

— Do amigo do Kaminari. Acho que o nome da pessoa que vai dar a festa é Todoroki, ou coisa parecida. — jogo metade do café na pia, voltando pra mesa bebendo o que sobrou.

— Todoroki? Filho do Endeavor?

— Eu não sei, por que? Você conhece ele de algum lugar?

— O Endeavor e eu éramos colegas na época do colegial. — percebo que sua voz dia isso com rancor, acompanhada com um semblante de nojo — Quando voltar dessa festa me liga e fala se tá tudo bem. E vê se dessa vez você não esquece de ligar.

🌻🏵(️…)

Agora estava esperando o Kaminari chegar na minha casa. Faltava alguns minutos pra ele chegar, mas ouço a campainha tocar. Vou até a mesma e olho pelo olho mágico e vejo que era o Denki. Em seguida eu abro a porta.

Ele ficava lindo com seu nariz e suas bochechas coradas por conta do frio.

— Você está pronto madame? — ele se curva e forçando um sotaque.

— Minha carruagem já está pronta criado?— arrumo minha postura e entro na brincadeira.

Acabamos rindo de nossa falha imitação de senhores da realeza. Depois disso tranco a porta e vamos a pé até a casa do Todoroki.

— A casa dele é perto? — pergunto por curiosidade, já que não quero chegar lá cansado com minhas pernas doendo.

— É só um quarteirão. Eu pensei em pedirmos um Uber, mas vamos encarar a verdade, somos adolescentes. Ou não temos dinheiro, ou temos mas estamos querendo economizar. — rio pelo seu comentário por ser verdade, o que faz o Denki prestar mais atenção em mim, mas logo depois que ele percebe que ficou um tempo me olhando vira seu rosto pra frente — Então, os pais do Todoroki foram viajar, então vai ter bebida e outras coisas.

— Todo mundo vai estranhar por eu estar lá, já que não conheço praticamente ninguém.

— Se bombear ninguém vai notar. Todo mundo deve estar bebendo até dizer chega ou se pegando nos fundos, sabe, como qualquer festar de ensino médio.

Eu nunca tinha ido nessas festas. Até que meus amigos me convidavam, mas eu dava alguma desculpa, então eu nunca tive que acordar com ressaca com uma pessoa do meu lado que nunca tinha visto em um quarto estranho (e ainda bem que isso nunca aconteceu comigo), aquele clichê em histórias de romance. E também nunca acordei ao ponto de não me lembrar de nada da noite passada ir conta da bebida. Eu já tinha bebido, mas nunca exagerei.

Passaram-se alguns minutos até chegarmos até a casa do Todoroki, mas quando chegamos me perguntei se não era casa de outra pessoa, por ser praticamente uma mansão. O pai dele deveria ser um grande empresário só julgando seu jardim que era bem cuidado, até demais.

Batemos na porta e somos recebidos por um garoto de cabelos tingidos de verde junto, mas com sua raiz preta junto com outras mechas.

— Kaminari! Você veio! — fala com entusiasmo, abraçando seu amigo como se não se vissem faz alguns meses.

— Também é bom te ver Midoriya.

— E.. quem é esse? — pergunta me olhando.

— Ah, ele é meu amigo Hitoshi. Pensei que não teria problema em trazer ele comigo.

— Não tem problema. É um prazer poder te conhecer Hitoshi — diz com um sorriso no rosto.

— Digo o mesmo.

O Midoriya abre passagem pra gente entrar. Vejo que a casa era bastante grande. Acho que a sala onde todos estão dançando com alguém com um computador em com alguns aparelho de som devia ser a pista de dança.

O Denki me puxa para a cozinha, pegando dois copos de ponche.

– Nessa noite somos dois adolescentes idiotas. — disse me dando o copo de ponche.

Essa noite seria longa, muito longa.

🌻🏵(️…)
893 palavras
Esse capítulo teve menos palavras do que o normal, mas espero que tenham gostado.

cafeteria • kamishinOnde histórias criam vida. Descubra agora