22 anos / Sem Lei
O grande índio, vulgo o homem que eu mais admiro e amo neste mundo, meu pai era o chefe do tráfico da maré, sempre foi um cara justo, respeitado e grosso mas família. Minha família não era uma das mais tradicionais mas eu matava e morria por eles mesmo com todas as desavença. Minha mãe, Maria Luiza, era a pessoa mais amorosa e gentil que eu conheço, ela tem o maior senso de família que ja existiu e ela mantinha-se a família unida pois mesmo com todo amor que sentia por eles, eu era uma merda quando tratava-se de demonstrar então cometia alguns delitos nesta questão.
Meus pais vivem viajando pois com o ultimato de Maria Luiza, meu pai se viu obrigado à aposentar-se, então sempre estão em um lugar novo mas no fim sempre voltam para casa, e eu amava a presença deles na mesma intensidade que odiava.
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- Que foi? - odeio atender celular então nunca tenho a decência de prestar atenção em quem liga para mim.
- fala direito comigo vagabunda - puta sorte em escutar aquela voz sem ver o identificador de chamava, nunca me arrependi tanto.
- Oi meu coroa, tudo bem? - pergunto enquanto descasco o esmalte das minhas unhas que já estavam na hora de fazer enquanto me afasto dos diversos papéis jogado pela mesa
- tudo tranquilo, como tá as coisas ai ? espero que não esteja fazendo cagada no meu morro - se aposentou mas nunca esquece isso aqui afinal o morro sempre foi o terceiro filho de nosso pai.
- Meu morro agora, fique tranquilo, aproveite sua aposentadoria meu coroa, consegue nem segurar uma arma mais - bufa com o maior dos ódios - não precisa ter vergonha, a velhice chega para todos.
- Te dou um tiro daqui e acerta tua testa aí, bandida. Falou só merda e não respondeu o que eu perguntei - falei uma das maiores qualidades de meu pai? seria a paciência e fofura.
- respeito 0 por mim né - falei tirando onda escutando mais um bufo do outro lado da linha com algumas vozes que deduzi ser minha mãe e outras pessoa, eu evitava bastante as ligações da mesma afinal nunca quis sua pena ou culpa
- só liguei pra saber como tava as coisas, vou sair com tua mãe, qualquer coisa liga, filha - eu estava acostumada com suas ligações aleatórias e faziam meu dia bem melhor, conversas que nunca tiveram tanta proximidade mas que me aliviava tanto
- tá certo, meu coroa - meu coração apertou pela saudade afinal eles estavam longe tinha alguns meses, pois só vihheram visitar numa folga entre as viagens em um feriado - se cuidem e segure bem a mãe.
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Eles eram minha base parceiro, sempre estavam comigo independente de tudo, porque eu já vacilei demais em algumas partes da minha vida, não que eu parei se vacilar mas a gente tenta e se eu não consigo pelo menos tô tentando.
- Patroa, tá rolando briga- o rato fala entrando na salinha
Sou a chefe do tráfico da maré, ou seja, sou uma bandida e de quebra uma das piores, nada tão diferente do que vocês estão acostumados, a única diferença é que eu sou uma mulher e nem por isso deixei de ter capacidade para assumir um posto que é meu. Todos achavam que eu cederia o poder para meu irmão mais novo, Breno, mas isso nunca esteve nos meus planos porque isso me pertence, do mesmo jeito que ninguém questionou Falcão quando subiu no poder, e depois sou muito burra pra estudar e como se não fosse suficiente, sou preguiçosa, juntei o útil com o agradável e tô nessa tem algum tempo fazendo do mesmo jeito que meu coroa. Não vou dizer que tenho o mesmo respeito e admiração que ele tinha mas tenho o medo então tá dando pro gasto... mas será que era isso que eu queria?
- Que porra tá acontecendo aqui ? - dei mais um trago no meu cigarro enquanto olhava aquela situação que era bem recorrente
- o filho da puta veio de onda pra minha mulher- um dos homens começa a falar enquanto é segurado por um vapor e procuro a bendita pela multidão e é só bater o olho que você sabe a intenção da desgraçada. Fazer inferno.
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Sem Lei
Romantizm" não adianta me intimidar, eu sou cria de favela " nego nunca vai me tirar de otária, trabalha no certo como 10 e 10 é 20, sem cao, nunca fui de ser levada na emoção e depois de caminhadas que me fuderam, aprendi que sentimento é um baguio que só t...