Universo paralelo

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Foi quando uma luz branca invadiu o quarto. Zoe e eu gritamos. Foi quando tudo ficou escuro. Eu desmaiei.

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P.O.V Nilce

- Carrega em 200! Afasta! – Ouvi uma voz dizer.

Uma dor aguda percorreu meu corpo, fazendo meu coração bater rápido. Abri meus olhos, assustada. Não conseguia falar, minha visão estava embaçada, o que estava acontecendo?

- Ei, vai ficar tudo bem! Vamos cuidar de você! – Uma voz feminina disse me olhando.

Olhei ao redor. Haviam máquinas, diversos médicos correndo por todos os lados, um caos. O que aconteceu? Tudo aquilo foi real? Leon! Leon! Onde está o Leon!? Olhei apavorada para os lados procurando Leon. Tentei falar:

- Onde... Leon...

A mesma médica que havia me consolado, olhou para mim, com afeto e disse:

- Seu marido Carlos está vindo. Não se preocupe. Você sofreu um acidente. Agora, relaxe.

Carlos? Quem é Carlos? O que está acontecendo? Onde está o Leon? E a Zoe? E o meu bebê? Comecei a chorar, quando senti uma picada de uma agulha. Minha visão ficou escura e eu apaguei.

Acordei com o barulho da máquina. Ainda estava meio grogue. Senti alguém segurando a minha mão, um pouco de esperança aqueceu meu coração. Tentei olhar para o lado, sentindo uma dor aguda. O pouco de esperança que me restava, foi embora em dois segundos. Havia um homem estranho segurando minha mão com a cabeça abaixada. Tentei falar, mas havia um cano na minha garganta. Fiquei apavorada. Ouvi meus batimentos ficarem mais acelerados. Tentei me bater na cama, quando o homem estranho levantou a cabeça, e soltou algumas lágrimas, até finalmente dizer:

- Querida! Eu senti tanto sua falta! Eu sinto muito, por tudo!

O homem dizia em soluços. Fiquei confusa. Queria fugir. Meus batimentos aumentavam cada vez mais. Foi quando três enfermeiras entraram correndo no quarto, pedindo para o homem estranho sair de lá, duas me seguraram, enquanto a outra preparava uma injeção. Arregalei os olhos e mais uma vez tentei falar. Uma das enfermeiras que me segurava disse:

- Boa noite.

E deu um sorriso maléfico. Foi quando tudo ficou escuro novamente.

Mais uma vez acordei naquele lugar terrível. Mas dessa vez, iria ser esperta. Teria que melhorar para procurar Leon. O homem estranho novamente estava lá, mas dessa vez, dormia serenamente. Havia um controle com um botão na minha cama. Provavelmente, era para chamar as enfermeiras. Peguei o controle e apertei o botão. Logo, uma enfermeira veio correndo, felizmente, não era aquela que havia sorrido maleficamente, e sim aquela que me olhou com ternura. O homem acordou e disse:

- Aconteceu alguma coisa?

- Não. Sua esposa apertou o botão. – A enfermeira respondeu, e finalmente me olhou. – Olá. Olha quem acordou.

Tentei falar, mas percebi que ainda estava com o cano na garganta. Apontei para o cano, esperando que ela tirasse. E para minha surpresa, ela disse:

- Tudo bem. Você não precisa mais disso. Vou retirar.

Ela foi até perto de mim, e tirou o cano. Doeu um pouco, mas nada melhor do que tirar aquilo. Tossi um pouco, para acostumar, então disse, um pouco rouca:

- O-onde estou? O que aconteceu?

O homem estranho disse:

- Querida... Você sofreu um acidente. Na verdade, você foi achada na estrada, ainda estão estudando o que aconteceu, mas não se sabe ainda. Mas veja isso – Ele pegou meu braço e me mostrou uma tatuagem – Você chegou com isso aqui. Você se lembra de algo, querida?

Leon e Nilce - True Love ForeverOnde histórias criam vida. Descubra agora