2. Sob a Sombra da Mangueira

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Oi, gente! Aqui está o segundo capítulo!!!

Na mídia, um casarão da época, foi o mais próximo que cheguei de como imagino a casa do Louis, mesmo que na minha mente seja muito maior, é +/- nesse estilo.

Boa leitura❤️

☕️

Na mesma semana em que contratou os imigrantes, Louis planejava partir para sua fazenda. Já estava pensando em fazer tal coisa naquela semana, pois trazer Harry e Niall para sua casa havia sido um imprevisto, já que seu trabalho não era realmente necessário, mas o coração do alfa jamais permitiria que duas pessoas ficassem desamparadas em um país estrangeiro, muito menos que aquele ômega tão maltratado e sua criança fosse para outro patrão e sofresse nas mãos dele.

Mesmo que o trabalho dos dois não fosse tão essencial, ambos eram de grande ajuda para os outros empregados, já que dividiam as tarefas entre eles e nenhum ficava sobrecarregado. Louis estava feliz com sua escolha, Niall sabia lidar com cavalos e cuidava bem dos equinos que puxavam sua carruagem. Harry estava encarregado de alguns serviços domésticos, ainda não tinha uma função propriamente sua, mas Tomlinson achava que ele se encontraria logo. E Johnny... bem, Johnny adorava biscoitos e desde que o menininho chegou, Louis dava ordem para que uma fornada nova saísse toda tarde.

Geralmente ele ficava algumas semanas sem fazer longas viagens para acompanhar de perto o trabalho dos empregados recém-contratados, pelo menos os que estavam em sua casa, mas naquela semana Louis teria que dar um voto de confiança a Niall e Harry porque não adiaria os seus planos.

Iria para sua fazenda inspecionar a produção de café e ver o escoamento dos grãos para a ferrovia. Além disso, veria como os imigrantes contratados para trabalhar no cafezal estavam se saindo e se precisavam de algo. A fazenda tinha um administrador, um homem de confiança de Louis que era responsável por cuidar de suas terras em sua ausência. Como Tomlinson vivia em São Paulo, o administrador tinha trabalho o ano todo.

Ele respirou fundo e guardou algumas folhas de papel na pasta de couro marrom, assim como um pote de tinta e uma pena. Fechou a pasta e saiu do escritório, caminhando pelo corredor e cruzando a sala antes de chegar ao vestíbulo. Sorriu para Harry, que estava ali segurando seu casaco e vestiu o patrão.

- Obrigado. - sorriu gentil e segurou sua pequena mala, que descansava no chão. - Tenha uma boa semana.

- Obrigado, senhor. - suas bochechas assumiram um adorável tom de rosa. - Boa viagem.

- E cuide bem do garotinho. - disse antes de abrir a porta e sair de casa.

Harry suspirou e passou as mãos pelos cabelos, decidido a continuar seus afazeres. Subiu para o quarto do alfa, era um cômodo grande, com uma cama espaçosa em estilo barroco no centro, forrada com cobertores grossos. As janelas altas davam para os fundos da propriedade e ao longe o ômega conseguia ver as águas do rio brilharem com a luz do sol da manhã.

Havia uma cômoda grande, com alguns pertences em cima, como perfume francês, um cachimbo de tabaco, um relógio de prata que havia sido deixado para trás e abotoaduras para as mangas da camisa, feita de prata e safira. Além disso, havia um livro com uma pequena folha para marcar a página. Era "Os Miseráveis", de Victor Hugo.

Com cuidado e um pouco de curiosidade, Harry abriu a primeira gaveta da cômoda de Louis e apanhou a caixa de madeira, pintada de branco e com flores de lis em dourado. Abriu e viu lá dentro inúmeras abotoaduras, guardando as que tinham sido deixadas para trás ali.

Alinhou os pertences do patrão e caminhou até uma porta mais adiante, que dava para a sala de vestir. O cômodo tinha um grande guarda-roupa de madeira maciça e um espelho alto e largo. Ainda havia uma porta que levava ao banheiro, mas Harry não entrou lá.

Barão do Café | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora