Olá!
Chegamos ao epílogo e confesso que choro por dentro, porque desde que comecei Barão do Café que ela se tornou uma das minhas preferidas de escrever e agora já estamos no último.
Este capítulo está maior que o normal, cerca de 9 mil palavras, porque me empolguei e confesso que tentei "enrolar" mais um pouquinho para não ser tão rápido, prolonguei até onde deu para não ficar maçante e tal.
Boa leitura❤️
☕️
Harry bebericou seu café com leite, olhando para Louis, que tinha o cenho franzido ao ler o jornal daquela manhã de quinta-feira. Tomavam o café da manhã no quarto e o alfa estava sério, compenetrado na leitura, usando seus óculos de grau de armação fina e redondinha. Ele vestia seus trajes habituais: calça de alfaiataria preta, camisa de algodão branca, colete do mesmo tecido da calça e um lenço branco ao redor do pescoço. O único acessório visível, além dos óculos e da aliança em sua mão esquerda, era o cordão prateado do relógio de bolso. Os cabelos de seu alfa estavam em um topete alinhado e a barba aparada emoldurava seu rosto.
O ômega sorriu pequeno, impressionado com a capacidade do marido de parecer mais jovem com o passar dos anos, diferente da maioria das pessoas. Estavam casados há cinco anos e tinham uma vida feliz e harmônica no casarão do bairro da Luz, com poucas discussões e muito amor - e sexo - entre os dois. Sua vida matrimonial era tranquila, mesmo que a vida familiar fosse um verdadeiro caos.
Com a união, vieram os filhos. Além de Johnny e Carolina, de nove e cinco anos, tinham as gêmeas Amélie e Nathalie, de dois, e Pether, de oito meses. Com crianças pequenas, era de se esperar que a rotina dos dois fosse agitada e cansativa e seria ainda pior se não tivessem amas para cuidar de seus filhos quando estivessem ocupados.
Louis, além de produtor de café, tinha construído uma pequena vinícola no interior e ele prezava pela qualidade dos vinhos produzidos, o que o fazia ir constantemente para o local analisar a produção e degustar a bebida. Às vezes levava Harry para terem um tempo sozinhos longe das crianças e mais raramente, quando passava uma semana fora de casa, seus filhos iam com os dois e se divertiam na fazenda do pai, que era bem próxima da vinícola.
Os negócios continuavam de vento em popa, o alfa ainda era o maior produtor de café da província de São Paulo e sua conta bancária estava muito bem recheada. Frequentemente doava seu dinheiro para instituições de caridade e mantinha um hospital na região que atendia as comunidades mais pobres e ainda contribuía mensalmente para que um orfanato do centro da cidade permanecesse funcionando e abrigando as crianças que ali residiam.
Harry também tinha o seu próprio negócio. Com o valor que Louis lhe deu no início do casamento, como se fosse uma espécie de dote, ele investiu em uma loja de roupas e, desde a inauguração teve que fazer algumas reformas para aguentar a grande demanda. Ele desenhava as peças, geralmente roupas íntimas, e costureiros faziam o resto. Seu gosto por camisolas provocantes não havia ido embora e ele continuava naquilo, mesmo que alguns o criticassem pelas peças julgadas imorais.
Porém, o mais criticado era Louis que, no papel de alfa e marido, era esperado que colocasse rédeas no seu ômega para que ele se comportasse da devida maneira. Ele, porém, permanecia calado, aquilo não o incomodava e queria ver Harry feliz. A única coisa que foi capaz de exigir de seu marido naqueles cinco anos de união foi para que o ômega deixasse o lado esquerdo da cama livre, pois era o lugar preferido de Louis.
A maison de Harry também vendia outras peças além de camisolas indecentes. Ele teve o cuidado de desenhar roupas de dormir para gestantes, vestimentas confortáveis para serem usadas no pós-parto e as camisolas clássicas. Em sua loja, todos os gostos de roupa íntima eram bem-vindos e ele dava atenção especial aos gravidinhos, pois compartilhava da insatisfação que tinham naquele período, em que nada ficava bom e a auto-estima baixava na maioria dos ômegas.
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Barão do Café | Larry Stylinson
FanfictionNo século XIX, o mundo está fervendo com a expansão da Revolução Industrial, guerras e insurreições por todo o globo. Em meio a isso, uma novidade nos meios de transporte: as ferrovias. Durante o reinado de D. Pedro II e o crescimento da indústria...