17. Atentado ao Pudor

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Oie!

Aqui está a att de hoje!

Boa leitura❤️

☕️

Ver as malas de Liam e Zayn amontoadas no chão da sala eram um alívio para Harry. Não que ele não gostasse dos visitantes, apesar dos conflitos que tiveram no começo de sua estadia, Styles passou a gostar bastante dos dois - exceto da parte de lavar suas roupas - e tinham momentos agradáveis depois que Louis o fez seu convidado. Porém, ele estava feliz que o casal Payne finalmente voltaria para a Inglaterra, tinham ficado muito tempo em São Paulo e Harry tinha certeza que não concordavam com seu namoro.

Não falavam diretamente, Liam era muito mais ponderado e discreto, às vezes o ômega achava que ele gostava de vê-lo com Louis, mas Zayn era mais explícito. Via seus olhares durante o jantar, Harry tinha a impressão que estava sendo julgado mentalmente por sua falta de etiqueta e modos.

Zayn havia nascido e sido criado na nobreza britânica, frequentando os mais requintados bailes e festas, se relacionando com duques e príncipes e tendo aulas com os melhores professores de etiqueta. Ele era imponente, elegante e tinha uma classe de dar inveja a qualquer um. Não precisava dizer nada para que todos soubessem qual era a sua origem e posição social, ele era poderoso até usando uma camisola.

Era inevitável para Harry não se sentir amuado e inseguro em sua presença, suas neuras diziam que Louis deveria arranjar um ômega como Zayn, que estivesse à altura de se relacionar com um nobre, afinal era aquilo que o alfa era depois de seu encontro com o imperador. Uma parte de Styles o deixava para baixo ao pensar que nunca seria bom o suficiente para ocupar a função de seu esposo, mesmo que Louis lhe dissesse o contrário.

Harry tinha terminado de ler o manual da casa, aprendeu a como delegar tarefas e as tendências de decoração, mesmo sabendo que aquilo mudaria com os anos. Estava lendo o manual de etiqueta, gestos que deveriam ser feitos em determinadas ocasiões, como se portar em alguns eventos, maneira certa de usar os talheres e tudo o mais.

Ele notava como Louis ficava insatisfeito com aquilo, o alfa não gostava de vê-lo se empenhando para se tornar algo que não era. Sabia que Harry estava fazendo aquilo porque queria - ou porque ele mesmo se obrigava àquilo - e não o impediria de nada, mas Tomlinson havia se apaixonado por ele daquela forma simples e sem lapidação, Harry era o seu diamante em estado bruto, sem influência do mundo exterior. Harry era sua joia preciosa e não queria que se tornasse um ômega fingido e preso às normas sociais. Harry era sua borboletinha livre, não um canário engaiolado.

- Ah, eu não consigo! - Harry resmungou ao tentar levar arroz e legumes à boca com o garfo na mão esquerda, não tendo sucesso quando os grãos caíram em seu colo, no guardanapo de linho. - Por que inventaram isso de comer com a mão esquerda?

- Hazz, use a direita. - Louis murmurou, dando um gole no vinho suave. - Não há problema nenhum.

Os dois e os Payne estavam almoçando, a última refeição dos visitantes no casarão, visto que em poucos minutos todos pegariam o trem para Santos, incluindo Harry e Johnny, que acompanhariam Louis e veriam o mar. Noah havia preparado um delicioso arroz com cenoura e ervilhas e carne com batatas, que eram acompanhados por um delicioso vinho tinto.

- Não, Lou, é importante que eu saiba me portar à mesa. - murmurou e tentou outra vez.

- Estamos em casa. - respirou fundo, estava farto de todo aquele esforço de Harry para ser algo que ele não era.

- É aqui mesmo que tenho que treinar, seria vergonhoso se eu comesse assim em público.

- Não seria.

Barão do Café | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora