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Boa leitura❤️
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Que Liam era tagarela, Louis sabia há anos. E ele gostava de ter seu amigo falando e falando, geralmente tinham um papo empolgante e legal, mas aguentar Payne falando de Zayn e da vida de casado era osso. Não que Tomlinson não quisesse ouvir, ele apreciava saber uma coisa ou outra do universo matrimonial, mas Liam não calava a boca.
Os dois alfas foram para Santos para ver o funcionamento do porto da cidade, Liam estava pensando em fazer investimentos em São Paulo e queria entender melhor como tudo aquilo funcionava e quem era melhor que Louis para o ajudar naquilo? Tomlinson vivia ali desde criança e era um dos maiores produtores de café do país, conhecia o sistema de escoamento de grãos como a palma de sua mão e cada peculiaridade que aquilo tinha.
Payne tinha interesse em investir, não no café - porque segundo ele, produzir demais um único produto poderia ocasionar em superprodução em algum momento, gerando uma crise, e ele perderia dinheiro - e estava buscando outros setores para depositar suas preciosas libras. Pensava em algodão ou até mesmo em se tornar sócio da São Paulo Railway Company.
Louis, no entanto, pensava em investir na cana-de-açúcar, mesmo sabendo que antes de o Brasil ser um grande produtor de café, a cana era o principal produto. Porém, ele não queria vendê-la, seu propósito era usá-la para fazer aguardente em pequena escala, com o intuito de comercializar apenas em São Paulo. Caso tivesse sucesso, poderia expandir seu comércio, mas o plano inicial era bem pequeno.
Ambos ficaram dois dias em Santos, observando o movimento e estudando o funcionamento do porto, foram em algumas feiras e lojas da cidade. Liam comprou diversas coisas para Zayn, ele dizia que tinha que mimar o seu ômega como prova de seu amor e Louis revirava os olhos discretamente com aquilo, cada vez mais convicto que não queria um ômega como o esposo de seu amigo, não pretendia gastar fortunas com o cônjuge a cada viagem. Enquanto Payne gastava horrores, tudo que Louis comprou foi uma caixa de sabonetes importados da Inglaterra com aroma de lavanda, uma latinha com lápis de grafite e um relógio de prata para si mesmo.
Sua tortura mesmo chegou quando embarcou no trem e Liam passou a tagarelar sobre Zayn e sua família. Louis estava feliz por ele, óbvio, mas o assunto estava o cansando. Talvez porque não tivesse como dialogar com propriedade, já que era um solteirão. Respirou aliviado quando pisou na Estação da Luz no início da noite e apanhou sua mala, caminhando para sua casa.
Sorriu grande ao ver o casarão em que morava e abriu o portão. Fechou após Liam passar e subiram para a varanda, cruzando a porta e deixando as malas no vestíbulo. Zayn, que estava na sala principal, correu para os braços do marido e o abraçou apertado, enchendo seu rosto de beijinhos. Louis continuou a sorrir, feliz pelo seu amigo ter encontrado alguém para amar, não evitando sentir um pouco de inveja daquilo.
Por mais que dissesse que seria feliz com um ômega gentil e legal que não amasse, no fundo ele desejava um amor. Grande parte das pessoas desejavam, afinal. Sabia que nunca o encontraria, mas não custava sonhar.
Foi para a sala e viu um Harry tímido se esconder no corredor que levava às outras salas e posteriormente à ala dos empregados, e se aproximou do ômega. Sorriu e o olhou atentamente, vendo Styles o fitar com suas grandes íris esverdeadas. Seus cachos compridos estavam sobre os ombros magros e seu maxilar marcado implorava por toques. Louis lambeu os lábios, descendo o olhar por suas bochechas macias e chegando em sua boca carnudinha e rosada.
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Barão do Café | Larry Stylinson
FanfictionNo século XIX, o mundo está fervendo com a expansão da Revolução Industrial, guerras e insurreições por todo o globo. Em meio a isso, uma novidade nos meios de transporte: as ferrovias. Durante o reinado de D. Pedro II e o crescimento da indústria...