13. O Barão da Luz

10.4K 1.5K 1.2K
                                    

Oie!

Se preparem para a att de sábado rs

Boa leitura💛

☕️

Assim que Louis saiu de casa, Harry teve a certeza que seu cio estava mais perto que imaginou. Continuou com seu trabalho diário de cuidar das roupas e aproveitou que a manhã estava ensolarada para lavar alguns lenços e as ceroulas de Johnny.

Sozinho na beira do rio, Harry esfregou os lenços de pano e sentiu uma onda de calor passar pelo seu corpo. Suspirou e balançou a cabeça, seu cio não podia chegar tão rápido, não quando estava por si só no meio do nada. Tinha que pelo menos ir para o casarão e se trancar no quarto.

Um frio percorreu sua espinha ao pensar que Niall, por mais gentil e amoroso que fosse, era um alfa não atado e sentiria seu cheiro quando seu período de sofrimento começasse. A probabilidade de Horan querer acasalar com Harry era grande e ficava apreensivo, não poderia se defender sozinho e não tinha alguém para protegê-lo.

Johnny era pequeno demais e enfrentar um alfa sob o efeito de feromônios poderia resultar em ferimentos graves, apenas um alfa conseguiria enfrentá-lo e Harry chegou a cogitar a ideia de ficar ali na beira do rio, em uma cabana, e passar cinco dias com sol e chuva para evitar transtornos.

O cio era completamente humilhante para um ômega e, como se não bastasse, ainda era um tabu. Na maioria das famílias, os ômegas eram deixados sozinhos - ou com os maridos, se tivessem - naquele período, vistos como impuros e profanos por precisarem urgentemente de sexo. O moralismo da época condenava aquilo completamente, mas era incontrolável. Os cios faziam parte da natureza dos ômegas e nada poderia impedí-los. Nada que reprimisse o seu cheiro ou o cio em si havia sido criado, então tinham que conviver com a realidade.

Realidade triste de medo e angústia, mas era a única que tinha até então.

Harry respirou fundo ao esfregar os panos, seus pés estavam mergulhados na água fria do Tamanduateí e o refrescava um pouco, mas ainda não era o suficiente para que seu calor fosse embora. Na verdade, permaneceria pelo menos cinco dias com seu corpo em combustão e implorando pelo nó de um alfa.

Seu cio ainda não tinha chegado de fato, seu corpo estava quente e suava, estava mais sensível a toques, mas não necessitado por sexo. Supunha que até o final do dia ele chegaria, não costumava ter um pré-cio longo, desde o seu primeiro que era assim e não tinha mudado muito ao longo dos anos.

Ele respirou fundo e gemeu baixinho com o calor que sentiu, olhando para cima e pedindo para que não começasse naquele momento. Pela primeira vez, desejou que Charles tivesse o mordido quando estava vivo, pelo menos outro alfa não sentiria o seu cheiro, mesmo que nunca pudesse ter o nó de outro alfa, já que seu marido estava morto. Seu desespero falava mais alto.

A mordida, responsável por atar as almas de um alfa e um ômega, não era mais tão comum entre os casais e não precisava ser dada durante o cio, poderia ser em outro momento, mesmo que geralmente fosse em atos sexuais. Ela garantia a fidelidade de ambas as partes, já que nenhum dos cônjuges sentia desejo por outra pessoa, mas era mais conveniente para a maioria dos alfas que não mordessem seus ômegas para que pudessem pular a cerca de vez em quando. No entanto, a mordida inibia o cheiro do cio de um ômega atado e somente seu parceiro conseguiria sentir seu aroma, o que evitava que eles fossem estuprados por desconhecidos naquele período. Infelizmente as chances de serem violados nos outros dias ainda era grande.

Se um casal fosse atado e um deles falecia, o cônjuge vivo permanecia sozinho e ninguém sentia o cheiro de seu cio. Buscaria prazer solitário, mas nunca estaria satisfeito por não ter o parceiro para saciá-lo. Era deprimente e triste, mas ao mesmo tempo era o que Harry desejava no momento, estava com medo de que algum alfa não atado o estuprasse durante o cio.

Barão do Café | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora