Barão do Café | Larry Stylinson

8. Contra a Parede

Oi, povo lindo!

Este capítulo está um pouco maior que os outros e recheado de emoções!

Boa leitura rs❤️

☕️

Louis estava acostumado a morar em São Paulo e o clima não era um problema para ele. Até então, a capital paulista tinha quatro estações no ano, já que posteriormente os paulistanos teriam as quatro estações em um único dia como resultado das mudanças climáticas que um homem do século XIX não conseguiria entender, afinal, o aquecimento global ainda não existia. E se existia não era estudado.

Maio tinha chegado e ainda estavam no outono, mas o frio já era grande. As garoas tinham diminuído, não vinham mais todos os dias, para o alívio de Harry, que podia lavar as roupas com mais frequência e não ficava com pilhas acumuladas. Louis, no entanto, não vivia como um rico fazendeiro naquele frio, ele tinha preguiça de se arrumar e tudo que fazia era se enrolar em um robe quentinho assim que acordava e ficava daquele modo o dia inteiro, na frente da lareira ou no escritório.

Johnny estava ainda mais próximo de Tomlinson, enquanto Louis trabalhava, gerenciando sua fazenda à distância e fazendo contas, o garotinho estava ao seu lado, na mesinha que costumava ter um vaso de flores, sentadinho em uma almofada e desenhando com os lápis que ganhara de presente. Johnny estava radiante ao fazer círculos com olhinhos e corpo de palitos.

- Lou. - o menininho chamou, olhando para cima. Tomlinson estava sentado na poltrona, anotando o resultado da colheita do último mês e os lucros que tinha até então. Ele ajeitou os óculos de armação pequena e redonda e olhou para Johnny. - Pode falar comigo agora? - indagou, já que Louis tinha dito ao pequeno para ficar quietinho enquanto ele trabalhava.

- Sim. - assentiu. - O que houve?

- Existem lápis de outras cores? - perguntou, curioso.

- Nunca vi. - ficou pensativo. - Mas as tintas sim. Você gosta de tinta?

- Eu... Eu não sei o que é isso. - murmurou e sua mãozinha deixou o lápis na mesinha.

- Isso é tinta. - pegou o potinho de tinta de escrever na mesa e se inclinou para mostrar ao menino. Johnny quis pegar, mas Louis afastou a mão. - Isso mancha muito. É tinta de escrever, a de pintura é outra.

- Para que você usa, Lou?

- Para escrever. Com a pena. - mostrou a pena branca a ele. - Para você teria que ser tinta de outro tipo e que não faça tanta sujeira. Não sei se seu pai aprovaria, algumas tintas de hoje podem ser tóxicas.

- O que é isso?

- Hm, podem ter alguns materiais que causam certos problemas. - bagunçou os cabelos do garotinho. - Tem que tomar cuidado e ver se o fabricante é confiável. Você gostaria de ter tintas?

- Sim! - sorriu grande, expondo seus dentinhos de leite. - Você acha que meu papai aprovaria?

- Podemos conversar com ele, huh?

Johnny assentiu e continuou seu desenho em silêncio. Louis sorriu e escreveu mais um pouco, fazendo contas e assinando documentos. Em alguns minutos, ouviu batidas na porta e ergueu o olhar, vendo Harry entrar com um envelope em mãos.

- Oh, você está aí! - ele sorriu para Johnny e depois olhou para Tomlinson. - Ele está dando trabalho?

- Não, não. - Louis sorriu. - Estamos bem. Aconteceu algo?

- Não. Zayn e Liam saíram para ir a algumas lojas, disseram que voltam para o almoço. - murmurou e se aproximou da mesa. - Chegou para você.

- Obrigado. - sorriu e Harry se afastou antes de sair do escritório, tinha que organizar e lavar as roupas do filho.