Inversão

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E então Eijirou contou tudo ao loiro, que escutou em silêncio atento a cada palavra. Compreendia toda a frustração do ruivo com a forma como o pai dele agia, mas não é algo que será descoberto agora.

Katsuki, por mais inacreditável que seja, abraçou Kirishima a fim acalmá-lo e apoiá-lo. Não achava que era algo tão sério assim, contudo, sabia que magoava o ruivo a ponto de ter feito este mentir para sua mãe, mesmo odiando mentir.

— Se ele falar alguma coisa eu explodo a cara dele — avisou-o, fazendo com que estalinhos saíssem de suas mãos.

Eijirou riu de toda aquela proteção, direcionando um olhar às orbes avermelhadas do loiro e beijando seus lábios suavemente.

— Obrigado por me ouvir — sorriu singelo, deixando Katsuki com a face toda ruborizada.

— Tsc. Tanto faz. — fingiu ser ignorante, mas no fundo se sentia contente de tê-lo animado.

***

No dia seguinte, Eijirou acordou decidido. Nesta semana havia pensado bastante sobre a ideia de inversão, e de forma alguma lhe soava ruim. Então decidiu que tomaria no cu.
Sua vontade apenas se intensificou com o ocorrido no dia anterior, onde Bakugou lhe confortou e ouviu-o em silêncio sem sequer reclamar, fazendo-o ficar extremamente agradecido, mas um obrigado não era o suficiente para expressar sua gratidão. Iria conceder ao senhor "Eu não sou gay" um tour completo por seu corpo e provar para ele que além gostar de pau no cu, também poderia gostar de meter em um loucamente.
Então começou a realizar seus preparativos, indo escondido depois da aula até um Sex shop que tinha por perto da escola comprar uma coisinha – Sex shop esse que por coincidência ou não era o mesmo que Bakugou frequentara há quase uma semana.

Adentrou o local, qual exalava um cheiro agradável ao seu olfato e quando passeou o olhar por lá foi que sua ficha caiu. Sua face começou a queimar de vergonha, porra, quando foi que pensou que entrar em um Sex shop era uma ideia normal? Talvez não fosse tão religioso quanto alegava assim...

Mas agora já era. Já entrou e não tinha escapatória, portanto, começou a andar duramente pelo lugar procurando o que precisava para realizar aquilo que tanto almejava.

— Olá moço, precisa de ajuda? — Seria exagero dizer que o ruivo quase saiu correndo dali dizendo que não era um pervertido quando uma mulher falou com si? Pois foi quase isso que aconteceu.

— Ah, o-oi — respondeu tímido vendo a moça sorrir gentilmente — É, s-sim. Eu quero um... — ela o encarava tão naturalmente que era até assustador — plug anal... — murmurou.

— Certo, eles ficam por aqui — fez um sinal indicando que Kirishima deveria segui-la. O ruivo fez como foi pedido e logo viu um local cheio de plugs anais, alguns acoplados à vibradores e outros com cauda de raposa. — Fique a vontade para escolher e me chame caso tenha alguma dúvida — disse simpática e se afastou.

Kirishima olhou para os brinquedos ainda meio envergonhado, com medo de tocá-los e ser julgado como um grande pervertido. Se bem que naquela altura do campeonato, onde ele fica tendo pensamentos eróticos com o loiro, endurecendo no cinema e recebendo um boquete dele no banheiro do shopping ele já estava passando do nível de perversão. Bem, ao menos não tinha transado no banheiro como certas pessoas...

Levou as mãos aos objetos com receio e analisou cada modelo. Havia feito inúmeras pesquisas sobre tais brinquedos e decidiu que usaria um para afrouxar sua entrada e ter algum prazer antes de ter seu cu arrebentado por Bakugou, que certamente não o pouparia.

Pegou um modelo vermelho, por ser sua cor preferida e por ser o menor que havia por lá, se assemelhado ao pau do loiro... Porra Kirishima, que maldade, mas ao menos considerou o tamanho médio de Bakugou neste momento.

I'm not gay! [Concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora