É agora galera, bora ver o que a tia Mitsuki acha.
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Neste exato momento estavam em frente a porta da casa. Era só tocar a campainha, mas Katsuki estava hesitante, pois percebeu que Eijirou estava quase tendo um ataque de ansiedade ao seu lado.– Porra, você tá muito tenso – disse, tocando os ombros enjirecidos do ruivo – assim vai acabar ativando sua individualidade, seu idiota.
– Foi mal – Estava nervoso até demais, enquanto Katsuki estava estranhamente calmo.
Respirou fundo, buscando se acalmar.
Estava tudo bem, né? Bakugou estava tão relaxado, então estava tudo bem...O loiro o fitava meio preocupado, embora não fosse admitir tão cedo. Não queria deixar aquele idiota aflito, por isso se manteve calmo, mesmo que por dentro a ansiedade estivesse o corroendo por não saber exatamente quais eram os planos da velha. As mensagens que viu por último em seu celular foram bem, digamos que pacíficas, como “Quero conhecer ele”, mas não tinha ideia se era mentira ou verdade ou do que a velha planejava dizer ao conhecê-lo.
Mal teve tempo de falar alguma coisa, pois a porta abriu, revelando uma figura feminina de cabelos loiros e espetados, além das orbes vermelhas.
Era idêntica ao Katsuki.– Porra velha, nem espera tocar a campainha!
– Mais respeito, moleque – meteu um tapa na cabeça do loiro que ficou fervendo de ódio – Estavam demorando demais, fiquei sem paciência.
“Como podem ser tão iguais?” Eijirou indagava-se observando a cena que se desenrolava na sua frente.
A expressão de irritação da mais velha foi rapidamente substituída por um sorriso gentil ao se virar para o ruivo.
– Olá querido, sou Mitsuki Bakugou, mãe desse imbecil aqui – Explicou sorrindo e estendendo a mão para Kirishima.
– Ah, e-eu sou Eijirou Kirishima, muito prazer – apertou a mão da loira ainda morrendo de nervosismo.
Afagou as madeixas ruivas sorrindo divertido antes de falar novamente.
– Vamos entrar. – ela disse, dando espaço para que o casal entrasse, indo logo atrás.
Chegaram na sala e viram um homem mais velho de óculos e fios castanhos sentado em um dos sofás enquanto lia um jornal. Katsuki sentou-se no sofá de frente para o homem depois de dizer um “Eai velho” para o homem, que prontamente respondeu com um sorriso.
Ainda meio confuso e tímido, Eijirou se aproximou, apresentando-se para o maior.
– Olá senhor, sou Eijirou Kirishima, é um prazer! – o homem encarou-lhe meio atordoado, mas ainda sim deixou o jornal em seu colo e apertou a mão do ruivo.
– Masaru Bakugou, o prazer é meu, Kirishima-kun. – disse sorrindo ternamente.
E então, mesmo nervoso, Eijirou sentou-se ao lado do namorado.
Mitsuki sentou ao lado de seu marido e encarou os dois garotos. Seu olhar parou no loiro e seu semblante sorridente foi substituído por um olhar sério e julgador. Eijirou engoliu em seco, sentindo o nervosismo assumir o controle novamente.– Certo, Katsuki. Agora temos que ter uma conversa séria. – falou, cruzando os braços enquanto alternava o olhar do loiro para o ruivo.
Kirishima começou a sentir suas mão soarem enquanto engolia a vontade de chorar. Eles realmente iriam julga-lo? O chamaram aqui só para isto? Por quê? Seus pensamentos começaram a tomar conta de seu ser, até serem enfraquecidos pela mão áspera do loiro envolvendo a sua e a apertando a fim de lhe passar alguma confiança.
– Fala logo, velha – resmungou irritadiço.
– Estou falando sério, Katsuki! – exclamou – Ameaçar pessoas para te namorar não é algo que se faça!
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I'm not gay! [Concluído]
FanficBakugou Katsuki quer ser, ou melhor, será o herói número um. Ele é arrogante, irritado e metido. Alguns temem que ele seja um sociopata narcisista. Mas mais importante que isso, ele NÃO é gay. Mesmo que durante a noite, ele visite seu melhor amigo...