Talvez...

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Ao sair e fechar a porta do dormitório de Kirishima, Katsuki rumaria ao seu próprio, mas teve a imensa sorte de dar de cara com Kaminari o olhando curioso.

Tratou de rapidamente arrumar o pau em suas calças e colocar as mãos nos bolsos do moletom, abaixando-o para que o idiota não desconfiasse de nada.

– Oh, Bakugou! – o outro loiro o chamou – Você estava no quarto do Kirishima?

– É óbvio, imbecil – bufou com a lerdeza do outro.

– O que fazia lá? Já tá bem tarde.

– Nada que te interesse. – rosnou.

– Certo, certo – sorriu desistente – Ah, o que isso na sua boca? – apontou para o canto inferior da boca de Katsuki, onde havia um líquido branco.

O coração de Bakugou parou por um momento, levando as mãos a boca a fim de limpar o local para ver se realmente se tratava do que pensava.

E, para sua grande sorte novamente, era a porra de Kirishima.

Uma vermelhidão começou a tomar conta de seu rosto.

– Sei lá, cacete – Respondeu de qualquer jeito, começando a andar para seu quarto ignorando Denki.

– Ah, espera! – o outro correu atrás de si.

– O que foi caralho? – indagou estressado sem deixar que Kaminari visse o estado de sua face.

– Pode ajudar eu e o Sero a estudar amanhã? – perguntou inocentemente – por favor!

– Tá, cacete, tanto faz.

– Yay, obrigado Bakugou!

*

Entrou em seu dormitório, trancou a porta e jogou-se em sua cama.

Que merda estava fazendo?

Por que diabos pediu aquilo de todas as coisas que poderia pedir?

Não era gay, então por quê? Era só na amizade, não era? Se não tiver pau no cu, não conta como viadagem, certo?
As perguntas rondavam sua mente o deixando cada vez mais confuso.

E ainda tinha seu maldito pau implorando por alívio lá em baixo.

Porra, onde é que havia se metido?

Sem paciência, desabotoou sua calça e desceu sua cueca, vendo seu caralho saltar para fora latejando. Não era tão grande quanto o de Kirishima, mas não chegava a ser minúsculo.

Mesmo assim, se sentiria humilhado caso Eijirou o visse.

Sua glande rosada estava melada de pré-gozo, enquanto ele envolvia sua mão na base do pau e começava uma masturbação lenta, que em poucos segundos se tornara veloz.

Arfava completamente excitado enquanto sua mente tratava de fazê-lo fantasiar Eijirou o fodendo de quatro como uma cadela, ditando ordens e deixando tapas estalados em sua bunda.

Porra, mas que merda sua mente estava fazendo com si?

Começou a deita-se de barriga para baixo na cama, logo depois se apoiando sobre seus cotovelos no colchão e afundando sua cara no travesseiro para conter os gemidos, enquanto empinava a bunda para cima.

De forma inconsciente, sua outra mão começou a subir para o cós da calça para chegar em sua entrada.

Quando estava quase chegando onde queria, sentiu o orgasmo lhe atingir, soltando um gemido arrastado e prazeroso. Suas pernas fraquejaram e ele deitou-se por fim. Ficou ofegante, tentando normalizar sua respiração.
Quase havia metido um dedo no cu.

Maldito Eijirou, o que havia feito consigo?

E havia gozado no lençol da cama, merda!

*

Depois de tomar um bom banho e trocar os lençóis da cama, Katsuki foi finalmente dormir.

Evitou pensar diretamente nos últimos acontecimentos, pois provavelmente ficaria duro novamente, mas começou a refletir sobre seu dia.

As últimas batalhas do dia foram frustrantes para o ruivo sorridente. Ele havia perdido feio, pois estava muito distraído e tenso.

Katsuki percebeu isto e decidiu desafiá-lo em uma partida de vídeo-game o qual sabia que o ruivo era excelente, para levantar seus ânimos.

E de fato levantou alguma coisa do ruivo, mas não foi o que esperava e nem como esperava.

Ele estava disposto a perder para ajudar o outro - Sim, Bakugou Katsuki estava disposto a perder -, mas foi inevitável ganhar com o nível de distração em que Eijirou se encontrava.
Ele sentia o olhar do ruivo lhe devorando.

E como um ótimo amigo, ofereceu-se - ao seu modo - para bater uma punheta, que acabou sendo acompanhada de um boquete que nem mesmo ele tinha ideia de que sabia fazer.

Talvez aquilo fosse tirar a tensão que Kirishima emitia? Talvez ajudá-lo com toda maestria que imaginava ter em tudo? Talvez quisesse finalmente olhar diretamente para aquele pauzão que o outro tinha? Talvez quisesse realizar o sonho de ouvir o ruivo gemer de prazer o seu nome?

Talvez ele de fato fosse gay?

É, talvez.

[...]

I'm not gay! [Concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora