Máfia┊𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚
O império Park tem sido perseguido por décadas pelo império Jeon, uma força indiscutível de Seul. Enviado para seduzir e roubar informações de Jeon Jungkook, Park Jimin corre de cabeça em uma tensão sem paralelo entre si e o...
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O mundo de Jimin parece parar de girar quando fecha os olhos. Ele ainda se sente enjoado, mas encontra conforto na escuridão. O zumbido e cada solavanco do carro em que ele está sentado atualmente, com Jungkook, não o incomoda tanto quanto costumava fazer. Ele absorve o máximo que consegue do perfume característico que pertence a Jungkook.
Jimin luta contra o tremor nas mãos doloridas, livre da corda que o prendia antes, uma façanha difícil. Seus lábios e garganta estão secos, ele precisa se lembrar de respirar pelo nariz para combater a pressão no peito. Embora a adrenalina ainda esteja bombeando em seu corpo, ele encontra força para ficar parado e não atrair nenhuma atenção de Jungkook, que o olha a cada poucos minutos.
Ele devia abrir os olhos cansados e absorver o máximo possível do ambiente, mas não o faz. Se ele o fizer, Jungkook falará com ele. E se Jungkook falar, ele certamente irá desmoronar. Então, ele confia novamente em Jungkook, escolhendo o vazio atrás dos olhos invés das ruas por onde passam, o corpo ignorando cada curvas que o carro faz. Cada vez mais, o carro vai para longe, para longe do que ele chamava de vida. Jimin não consegue tirar a dor no peito, nem sabe o que ele deseja. Verdade? Mentira? Tantas coisas estão confusas dentro dele.
Em algum momento, Jimin adormece, a cabeça inclinada para o lado e para baixo, o cabelo caindo sobre os olhos. Adormeceu somente depois que ele interrompeu as vozes em sua cabeça, sabendo que elas visitarão seus pensamentos mais tarde, inevitavelmente, quando for dominado pelo silêncio. Ele não sonha; não há nada para sonhar. Quando acorda, o carro ainda está em movimento, o rádio desligado. Isso significa que, onde quer que Jungkook o esteja levando, é longe de Seul. Ele se mexe na cadeira, se esticando um pouco. Seus olhos o traem e olham para o mais novo.
Jungkook percebe, o menor e mais cansado dos sorrisos aparecendo em seus lábios.
– Oi. – A voz dele é suave. Não há vestígios da dureza de antes, nem pânico que assustou Jimin.
Jimin se inqueta, desviando os olhos. O cenário externo não é familiar para ele, então ele tira o menor dos prazeres ao apreciar a paisagem, verde.
A voz de Jungkook corta o silêncio novamente.
– Seus pulsos estão doloridos?
Jimin olha para os pulsos, vermelho, mas não mais com dor. Seus lábios se contraem, ele quer responder.
– Não, não mais. – Ele diz, certificando-se de que a amargura seja apagada de seu tom.
– Hum. – Jungkook olha de lado para ele, boca pronta para dizer alguma coisa. – Eu sinto muito. – O peso de suas palavras não passa despercebido por Jimin, mas ele não está disposto a perguntar o porquê. Ele sabe.
Jimin assente.
– Eu sei.
Não há mais troca de palavras por um tempo, existe um entendimento que permanece no ar, pesadamente. Isso se estabelece entre eles, quase sufocando Jimin. Jungkook precisa dar ao mais velho algum tempo para pensar.
