MACARENA-LA CASA DE PAPEL

MACARENA

Tóquio narrando:
O Professor estava sem saída, a inspetora Sierra não só tinha encontrado seu esconderijo, como se encontrava com uma arma apontada para sua cabeça.

– Alicia, por favor se acalma, abaixa essa arma. – Ele falava enquanto andava para trás tentando se afastar, mas ela andava junto.

– Eu perdi a batalha, mas não perdi a guerra! Tem uma puta tropa militar atrás de mim, mas se eu for para a cadeia, eu te levo junto. – Ela colocou a mão na barriga e percebendo que algo estava errado.

Alicia sentiu um forte dor e se curvou com a mão na barriga.

– A bolsa...

O Professor parou de andar para trás e segurou o braço dela ajudando a mesma sentar.

– Vai ficar tudo bem, se senta. Eu vou dar um jeito. – Ele disse tentando acalmá-la, mas não adiantou.

– Não! Me leva para o hospital. – Ela gritou.

– Se você for para um hospital, vão te prender logo depois que você tiver o bebê. Eu vou falar com o médico que ajudou a operar a Nairóbi. – Ele disse calmo.

– Poderia pelo menos chamar ele. Eu não quero que você faça meu parto.

O Professor foi até a mesa onde ficava os equipamentos para entrar em contato com o médico. Embora Alicia tivesse aparentemente esquecido que ela estava ali para matá-lo, ele caminhou com um certo receio.

– Preciso que você venha até aqui, é urgente. – Ele falou ao telefone.

– Qual a emergência? – A voz do outro lado perguntou.

– Um parto. – O Professor falou olhando para trás para ter certeza que ela não estava planejando o atacar.

– Eu chegarei aí em alguns minutos. Enquanto eu não chego, mande ela se manter calma.

– Certo.

O Professor desligou e voltou até Sierra.

– Tenta se manter calma e respirar normalmente.

O doutor não demorou a chegar, assim que chegou já foi se preparando para fazer o parto. Com a ajuda do Professor, eles a levaram até um colchão que estava em um canto no chão.

– Eu vou aplicar uma anestesia, você vai contar até três. – O médico falou e ela concordou com a cabeça.

– Um, dois... – Antes mesmo de chegar ao "três", Alicia apagou.

Enquanto ela dormia o médico fez o parto com a ajuda do Professor. O parto deu certo e nasceu uma menina.

– Se ela dormir por muito tempo, não precisa se preocupar, o medicamento é muito forte e é normal dormir por um longo período. – O médico disse preparando-se para ir embora.

– Certo. Obrigado, eu o acompanho até a porta.

O médico foi embora e a Alicia continuava dormindo ao lado de sua filha (que também dormia), o Professor estava sentado na mesma cadeira onde entrava em contato com os outros assaltantes. E no meio daquela calmaria olhava pra Sierra e sua filha e lembrava da Nairóbi e do seu desejo de voltar a ser mãe. Mas a tranquilidade e calmaria foi interrompida por uma voz na porta atrás do Professor.

– Sérgio?

O Professor virou a cadeira e olhou para a garota que se encontrava de pé e agora de frente pra ele.

– Dulce? – Ele falou se levantando da cadeira com um leve susto. – Como... Como foi que você me achou?

– A inspetora Fernanda Monteiro não brinca em serviço, mon amour. –A garota falou entrando e fechando a porta.