Tinha que ser Você (FANFIC CONCLUÍDA)

Capítulo 30

POV Jamie

- Isso deveria ser um crime.

Meu corpo estremece quando a voz de Dakota desliza pela minha espinha. Eu
pensei que estaria indo para academia sozinho hoje.

Depois do café da manhã maravilhoso que tivemos ao lado dela, achei que Dakota fosse trabalhar, mas me enganei!

É uma surpresa que ela esteja me seguindo nesse corredor silencioso e frio. Viro para trás, e meus olhos semicerram quando encontro um olhar afetado em seu rosto.

Como é que ela consegue ficar cada dia mais incrível? Eu não estou
acostumado com isso.

- Você não deveria estar andando por
aí assim. - Dakota murmura apontando para mim.

Eu paro, e desço meus olhos pelo corpo. Abro meus braços, e levanto uma sobrancelha para ela.

– Qual é o problema que você está
vendo nisso?

Suas bochechas coram ainda mais, e
ela pressiona suas pernas juntas. É a
segunda vez que a vejo usando roupa
de ginástica, e vamos dizer a verdade... Seu corpo fica ainda mais sexy do que já é. Ela olha para o chão antes de olhar para meus olhos famintos.

- Parece que você quer deixar todo
mundo mal por aqui.

Eu sorrio, e sorrio mais ainda. Ela é
a porra de garota mais fofa que eu já
conheci. Mas eu não quero que todo
mundo fique mal por aqui. Eu quero apenas que ela fique. Passo a mão pelos meus cabelos, e estufo meu
peito só para provocá-la mais ainda. Eu estou usando apenas uma bermuda de moletom, e todo resto está livre para ser admirado.

- Seria um crime se eu escondesse.

Ela mordisca o lábio de baixo, e meus
olhos rapidamente ficam fascinado. Eu não posso negar que não sinto vontade de beijá-la. De sentir seus lábios nos meus. De experimentar seu gosto, sentir seu cheiro.

Me mata que eu tenha que me manter longe. Me mata que eu só possa desejá-la em meus sonhos.

– Já lhe disseram que você se acha? - Ela provoca, dando alguns passos para mais perto.

Eu aproveito e lanço meu braço para frente e assim que seus olhos caem para minha mão estendida, eu a puxo para perto de mim.

- Não... - Murmuro assim que nossos peitos colidem um no outro.

É tão bom quando não há espaço nenhum entre nós. Deveria ser sempre assim.

- Jamie... - Dakota sussurra quando seu rosto bate contra meu ombro. Eu passo meus braços envolta da sua cintura, e pressiono seu corpo ainda mais forte.

Não quero nenhuma lacuna entre nós.

- Seu cheiro é doce... Isso é tão bom... - Comento quando passeio com meu nariz pelo seu pescoço. Seu corpo estremece e ela afunda suas mãos nas minhas costas.

- Isto tem que ser inocente Jamie...

Dakota pede começando a empurrar seu corpo para trás. Mas porra. Não quero acabar com esse momento. É tão bom quando seu corpo está fundido ao meu.
Parece certo.
Nós combinamos.

– Eu sei, porra... - Minha voz sai em um gemido. E eu fecho meus olhos apenas para saborear um pouco mais do seu perfume.

Ela afrouxa seu aperto em minhas
costas, e antes que consiga quebrar
nosso abraço, eu uso uma das minhas
mãos para segurar seu rabo de cavalo.
Puxo sua cabeça para trás, e nossos
rostos ficam frente à frente, apenas com alguns centímetros de distância.

- Não faz isso. - Dakota sussurra de olhos fechados.

- Faço.

Ela já está toda vermelha, e ofegante.
Suas mãos voltam para meu peito nu, e ela começa a acariciar meu abdômen definido, tão lento que está me deixando duro.
Completamente.

- Inocente Jamie. - Dakota fala baixinho, trazendo seus olhos para os meus.

Eu suspiro.
Queria tanto poder chutar o balde.
Porque ela não termina com aquele
cara?

- Eu sei que você me deseja Dakota. Tanto quanto eu te desejo.

Seus olhos brilham com uma certa
malícia, mas rapidamente ela disfarça
olhando para baixo. Meu peito sobe e
desce num ritmo muito agressivo. Forte e intenso. Seus dedos me acariciando não ajuda muito.

Não resisto, com a mão livre deslizo meu indicador pelo seu rosto, vou descendo passando entre seus seios por cima do top que ela veste, Dakota se arrepia, sua respiração fica pesada.

- Ele consegue fazer isso com você?

Digo no seu ouvido e começo a distribuir beijos pelo seu pescoço, porra eu não vou conseguir parar.

- Ele te deixa doida assim Dakota? - Minha vontade é tirar um pedacinho dela e carregar comigo. - Responde?

Insisto, suas mãos vão para as minhas costas, suas unhas passam devagar.

- Você me deseja Dakota. Admita.

- Sim. - Dakota assume, e eu já sei que
virá algum "mas". Ela respira fundo
antes de continuar – Mas eu não posso
ficar com você.

– Termine com ele. - as palavras saem
antes que eu possa detê-las.

Mas é verdade, é tudo que eu mais quero nesse momento.
Ela ri baixinho, e levanta seus olhos
para mim. Seus olhos me aquecem
do mesmo jeito que suas mãos estão
fazendo com minha pele. Eu queria
que nós pudéssemos ser capaz de fazer o que quiséssemos. Que danem-se as consequências.

- Não é tão fácil assim Jamie.

Meu cenho franze de leve, e eu pouso
minha mão seu queixo. Porra. Eu só
queria uma prova. Apenas um pouco
dos seus lábios agora.

- Você o ama? - Acabo perguntando.

Ela prende a respiração, e afasta suas
mãos da minha barriga. Mas eu ainda
a mantenho enrolada em meu braço,
e por causa disso ela não consegue se
afastar por completo.

- Se você me disser agora que ama aquele homem eu te solto e te deixo em paz.

- É complicado.

- Eu gosto do complicado. Então eu posso tentar?

Dakota esconde seu rosto entre suas mãos, e fica assim por um longo tempo. É tão inédito o que estamos fazendo. Mas ao mesmo tempo parece corriqueiro.

Parece que já somos íntimos há muito
tempo. Eu não sei explicar. Está tudo tão confuso agora.
Inclino minha cabeça para frente, e
pouso minha testa na dela. Ela não se
afasta.
Meu coração comemora.

– Eu quero beijar você Dak.

Sua respiração acelera, e ela fecha os
olhos. De repente parece que há uma
batalha se formando dentro da sua
cabeça.

– Eu não posso... - Ela volta a abrir os olhos, eles estão marejados.

Não vejo tristeza neles mas vejo um sentimento muito parecido.

- Não seria certo comigo, com você e com ele eu fazer isso. - Uma lágrima escorre.

Não resisto e seco com um beijo, e outro... e outro... quando meus lábios estão próximos aos dela ela nega.

- Termina com ele e fique comigo.

- Eu... Eu preciso ir Jamie.

Meus braços liberam seu corpo, e eu
cambaleio para trás. Meu coração chora com a perda do contato.

Dakota abaixa a cabeça e se afasta, eu fico só a encarando, ela me lança um olhar perdido, suspira e me deixa sozinho mais uma vez. Jogo meus braços pra cima.

- Porra. Eu odeio esse cara. - Xingo
quando ela some do meu campo de visão.

Viro para frente, e decido que é melhor eu começar pelo saco de pancada.
Talvez assim eu consiga liberar toda
frustração que acabei de ganhar agora.

A vida é uma merda.