Tinha que ser Você (FANFIC CONCLUÍDA)

Capítulo 20

POV Jamie

De longe vejo a pequena interação de Dakota com Elva, não tem como negar, ela é perfeita com minha filha.

Elva volta correndo e se joga em meus braços, seus olhinhos estão brilhando, mas é um brilho diferente, é nítido a felicidade da minha filha. Com ela nos meus braços, nós seguimos para encontrar uma mesa. Dulcie é a primeira a se sentar, e em seguida nós fazemos o mesmo.

- Será que já dá para nos servir? - Dulcie pergunta impaciente sem tirar os olhos da mesa recheada com coisas apetitosas.

Levo meus olhos para o outro lado da sala, e vejo que Dakota parece que vai hiperventilar, ela tem uma mão pousada em seu peito, e com a outra ela está abanando seu rosto.

Rapidamente levanto da cadeira e
atravesso a sala. Ainda não esqueci o tombo que ela levou ontem, talvez ela ainda esteja sentindo dor e ao invés de estar descansando está aqui trabalhando.

- Você está bem? - pergunto quando
paro na sua frente.

É quando eu percebo que ela fica ainda mais pior comigo tão perto.
Dou um passo para trás, e analiso seu
rosto vermelho.

- Quer que eu chame alguma ajuda? Está sentindo dor devido a queda de ontem?

Ela balança a cabeça lentamente, e seus olhos vão para qualquer lugar nesta sala, menos para mim. Decido me aproximar mais uma vez, é como um imã. Dakota puxa uma respiração funda, e murmura.

- É só o calor. Está um pouco abafado
aqui. - Suas mãos puxam a gola da sua
blusa amarela. - Eu vou pedir para
minha mãe ligar o ar-condicionado. Só um pouquinho.

- Tem certeza que você está bem?

Pergunto segurando no seu braço. A pele dela é tão delicada.
Dakota puxa o braço e olha por cima do meu ombro. Eu fico parado no meio da sala sem saber o que fazer quando ela passa por mim sem dizer nada, e some dentro de uma pequena sala que parece ser o lugar onde elas preparam o nosso café da manhã. Não sei porque mas meu coração da uma batida desanimada agora.

- Então você já perguntou para ela se
podemos comer?

Meu corpo salta quando escuto a voz de Dulcie. Viro para trás e a vejo do meu lado.
Jesus.
É tanta fome assim?

- Já pode sim. Mas vem cá, tem um
monstro faminto morando aí dentro? - Aponto para sua barriga.

Suas bochechas ficam rosadas, e ela
disfarça olhando para a mesa farta.

- Para pai. - Resmunga ela, envergonhada.

Levanto meu rosto e faço um aceno
para Elva se juntar à nós. Ela vem
correndo, e eu penso que ela deve estar faminta também. Mas quando ela chega ao meu lado sua atenção não vai para comida, e sim para porta onde fica a pequena cozinha.

- Papai o que aconteceu com a tia Dak?

Meu peito aperta com sua preocupação. Eu sei que devia evitar isso. Devia mantê-la distante de qualquer distração. Mas minhas filhas já perderam tanto. É sempre difícil dizrr não. Inclino meu corpo para baixo, e me agacho na frente dela. Aproveito e uso minhas mãos para empurrar sua franja para o lado.

- Ela estava com um pouco de calor.
Foi lá dentro falar com sua mãe e já
volta.

- Mas nem está calor aqui? - Ela diz com um bico fofo.

- Daqui a pouco ela volta. Vamos tomar café?

Elva assente, e joga seus braços em
volta do meu pescoço.