Capítulo 23

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POV Dakota

Uma semana depois...

- Cuidado Elva! Você não olha para
onde anda? - Dulcie diz quando sua irmã tropeça em sua perna.

Elva logo começa a chorar, e é aquele
tipo de choro que pode acordar o
mundo inteiro. Eu rapidamente me
abaixo, e a pego em meu colo.

É quando ela olha para baixo e vê um
pequeno corte em seu joelho esquerdo.
Nesse momento ela chora ainda mais
alto.

- Calma Elva! Não foi nada demais.

Dulcie tenta ajudar, mas Elva continua chorando. Eu preciso tentar alguma coisa.

- Calma meu anjo, vai ficar tudo bem,
você quer que eu faça um curativo em
sua perna?

Ela balança a cabeça concordando, e eu aproveito e afasto sua franja dos seus olhos e beijo sua testa.

- Isso é bom. - sorrio para ela, e seu
choro começa a perder a intensidade. - Você vai ver que passará logo logo.

Levanto do chão com ela em meu
colo, e quando suas pernas enroscam
em minha cintura, Elva deita a cabela em meu ombro, eu a levo de volta
para dentro do hotel.

Dulcie imediatamente fica emburrada. Eu sei que este era pra ser um passeio divertido pelo nosso jardim. Mas acidentes acontecem. Eu só espero que a tempestade passe
depois que eu fizer o curativo em Elva.

Entramos no saguão, e seguimos
direto para meu quarto. Á essa altura
elas já estão bem acostumada com ele,
inclusive seu pai quando aparece aqui
para buscá-las.

Nessa última semana que passou
ficamos mais próximos. Nada além
de platônico. Mas conseguimos nos
conhecer um pouco. Estou gostando. E
não vejo a hora dele se abrir comigo. Eu quero saber sobre tudo. Quero que sejamos amigos. Eu sinto que não vai passar disso. Infelizmente.

Passo o cartão no sensor, e abro minha porta. Sigo para minha cama, e coloco Elva nela. Ela faz uma careta quando olha para o rastro de sangue quase seco em sua perna.

Dulcie pega um dos livros que costumamos ler juntas, e segue para
minha varanda. Eu vou para o banheiro e pego minha maleta de primeiro socorros.

- Vai doer tia? - Elva choraminga quando me vê abrindo a maleta, e tirando gases, fita e um spray antisséptico.

Balanço minha cabeça negando.

- No máximo o que você vai sentir é
cócegas. - Ela ri baixinho.

- Você parece como a minha mamãe. -
comenta ela, e meu corpo congela. - Eu sinto falta dela tia.

Meu rosto está começando a
esquentar. Deus sabe o quanto que eu
desejo saber mais sobre isso. Mas será
que devo perguntar para ela? Será que devo insistir nesse assunto?

Pego o spray e aplico em sua pele. Depois assopro quando ela exageradamente começa a tremer sua
perna. Aproveito e pego uma folha de
gases e pressiono levemente em seu
machucado. Em seguida coloco as fitas.

- Eu amava abraçar minha mamãe
todas as noites, e adormecer com ela
mesmo eu a chutando algumas vezes. - Elva diz baixinho, e meu coração se parte.

Eu não consigo imaginar minha vida
sem minha mãe. Como é que elas conseguem sequer viver sem a delas?

Olho para ela, e sorrio com todo meu
coração.

- Você sabe porque minha mamãe se
foi tia?

Que?
Eu não sei como posso responder isso
para ela. Começo a pensar em alguma
coisa. Mas no momento que minha boca abre Dulcie está de volta no quarto.

Tinha que ser Você (FANFIC CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora