Capítulo 8

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Eu acho o tom dessa música, mesmo que seja numa língua não muito conhecida por nós, mesmo assim, eu acho que essa música é linda... (e a tradução tb)... E eu escrevi esse capítulo com essa trilha sonora, então recomendo... rsrs

― Precisamos sair dessa casa e ir para a Floresta

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― Precisamos sair dessa casa e ir para a Floresta. ― Disse Reagan. Eu balancei a cabeça em negativa. Eu não queria ir para mais nenhum lugar. Eu só queria enterrar Gus que havia morrido e esperar o momento que eu também ia morrer em posição fetal.

― Eles vão saber que estamos indo para lá. ― Disse um dos soldados. Reagan negou.

― Eles acham que estamos indo para os Campos, pois o exército francês está lutando por lá também. ― O soldado concordou com a cabeça.

― Vamos esperar anoitecer um pouco mais. ― Eles concordaram e o silêncio voltou a reinar.

Ainda sem acreditar, segurei Gus entre meus braços e tentei verificar algum sinal de vida, fosse pelo respirar ou pela pulsação, mas Gus realmente estava morto. Mais lágrimas saíam copiosamente de mim. Era difícil de crer.

― Ele era só uma criança, ele... Gus... Gus, fala comigo. ― Disse tocando o rosto de Gus carinhosamente. Ele não podia ter partido e me deixado sozinha ali.

― Ele se foi, Luísa. Ele não vai falar com você, a não ser que você fale com mortos. ― Disse Capitão Reagan de forma dura. Neguei com a cabeça.

― Gus não pode ter morrido... Era para eu ter morrido, eu...

Para minha surpresa, Reagan avançou pela sala em passos largos e também se ajoelhou no chão próximo de Gus. Contudo, em vez de lançar um segundo olhar para a criança, ele simplesmente apertou os meus ombros com força me sacudindo enquanto me fazia o encarar no rosto para falar:

― Reaja, Luísa! Isso é Guerra! Ele morreu, então lute corajosamente pela vida que ele te deu! ― E embora as palavras de Reagan fossem duras, fortes, tomadas de uma verdade latente, eu senti mais lágrimas escorrendo quentes dos meus olhos enquanto falava como uma criança:

― Mas eu não quero perder mais ninguém... O Liam, você... ― Reagan abriu um mini sorriso no canto dos lábios.

― Então vamos fazer o nosso melhor para sobreviver, trato feito? ― Fungando e tentando encontrar alguma força dentro de mim, apenas assenti. Foi o suficiente, Reagan se afastou.

Continuei olhando Gus e ao menos agradecendo por ele não morrer ao relento, podendo ser pego por um abutre. Ao menos dentro de casa, ele definharia o corpo pouco a pouco. Mesmo assim, minha mente acusava que era uma criança e que ele merecia um enterro de verdade.

A noite avançou rapidamente e aguardamos as ordens do Capitão. Saímos de fininho da casa tentando nos esgueirar pelas beiradas. Era a nossa melhor chance e esperávamos que desse certo.

A Grande Guerra e o Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora