Quando o amor chega

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Ficara tão irritado aquela noite, quis mandar Naruto pra casa e contar todas as porcarias que ele comia para Hinata. Sakura acabou voltando para casa aquela noite. Agora ela tinha um carro.

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Já havia desistido. Era inevitável o que sentia por ela. Ela era a dona de seu coração. Sequer queria pedir Sakura em namoro, queria pedir ela logo em casamento. Nas consultas com Gaara tinha plenitude de que não estava pensando essas coisas porque tinha se apegado aos cuidados dela e sim por amor. 

Toda vez que estava mal ela dormia em casa com ele mesmo que em quartos separados. Aparecia de surpresa, cozinhavam juntos, corrigiam livros juntos. Fora as brincadeiras que ela inventava que mandavam sua depressão pra longe. Encarou a caixa de veludo com o anel que comprara. Arriscaria pedir ela em casamento? 

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Hoje era um daqueles dias que a sudade de Itachi o apertava. Tinham uma relação de amizade muito forte. Itachi era a parte não tóxica da família. Sempre incentivou o irmão no que ele quisesse fazer. Houve uma época em que para forçar Sasuke a fazer engenharia, Fugaku o expulsou de casa. Itachi além de brigar com o pai, acolheu o irmão pagando muitas das coisas que ele precisava, além de dar teto, alimento e tudo o que o garoto precisava, ele deu amor. Para Sasuke... Itachi fez mais papel de pai em toda sua vida. Mesmo assuntos como amor e sexo... Ele podia conversar e ser orientado pelo irmão. 

Itachi morreu em um acidente de avião indo ver uma premiação de "Susano'o". O luto caro leitor, era composto por fases, negação, barganha, raiva, aceitação entre outras. A sua dor precisa ser assimilada para que seja aprendido viver, sem alguém que se ama. Quando isso é interrompido por medicações psiquiátricas, como o caso de Sasuke... Pode provocar dores enormes e traumas profundos.

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Estava irritado com o serviço, estava dentro de seu escritório fazendo algumas finalizações. Recebeu um email de Konan. Haveria uma festa de premiações importantes, o prêmio Agharte de melhores livros do ano e ele era um dos concorrentes. Como Sasuke era anônimo, poderia ir como um dos acionistas da Akatsuki que ninguém perceberia. Poderia levar companhia para o camarote. Lembrou dos sorrisos de Sakura. E aquela brincadeira ontem? O que fora aquilo? Sorriu, estava perdidamente apaixonado. Estava amando-a com todos os defeitos dela. Ela o queria? Esperava que sim. Deveria pedi-la mesmo em casamento? E se estragasse tudo? Sua mente foi transportada para os lábios cheios e avermelhados, o sorriso sapeca. Sakura era tão diferente que ficou espantado ao saber que ela era 1 em 5 pessoas em todo o mundo com uma doença na pigmentação dos pêlos e cabelos no corpo. Por isso róseos. Ela era rara. Lembrou-se do corpo perfeito que ela tinha. A desejou tanto aquela noite. 

-Naruto maldito! -Resmungou. 

Estava escrevendo quando se deparou com uma cabeleira rosa entrando em seu escritório. Se encararam logo ficando vermelhos.

-Esqueci a porta aberta? -Perguntou ele bagunçando mais os cabelos com a mão devido ao nervosismo. Sakura abriu um sorriso.

-Siiim! Francamente, vão te assaltar qualquer dia. -Disse ela caminhando até ele. Dessa vez ela usava uma saia até abaixo dos joelhos, botas de cano médio e um casaco.

-O bairro é tranquilo. Bem políciado. -Disse ele por fim.

-Burguêses. -Disse Sakura fazendo-o rir. Ela respirou fundo, adorava as plantas daquele lugar. O espaço em si. Ela colocou uma bandeja com dois cafés e um saco com bolinhos e cookies acima da mesa. Ela retirou o próprio casaco botando ele em qualquer lugar. Encarou o que ele fazia no notebook e como se fosse a coisa mais normal do mundo, se sentou no colo dele. Isso já havia ficado normal. Intimidade entre eles era algo normal agora. Ela beijou sua testa logo voltando seu corpo para frente. Encarava as coisas que ela fazia no notebook. Era as correções ortográficas do próprio livro. Por isso as pilhas de dicionários.

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