Capítulo 3

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Gente se tiver com algum erro eu ajeito depois, adaptei esse capítulo nas pressas.

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- Os arquivos já estão na minha mesa Soares? - Sabina pergunta enquanto passava como um furacão pelo corredor e nem notando a adolescente sentada no sofá lendo “O Capital” de Karl Marx entretida. Any se levanta e vai logo atrás dela.

- Estão sim, Senhorita Hidalgo. - Any fala para a mulher apressada que pega as folhas e vai até o elevador

- Enquanto vou até a reunião, você me conta o que temos - Sabina diz entrando no elevador e Any no encalço. - E Any... - Sabina chama a mulher antes de entrarem no elevador. - Nunca mais me faça andar de metrô se não for um caso de extrema necessidade.

- Sim Senhorita Hidalgo. - Any fala mexendo nos seus óculos nervosa - E sobre as anotações... eu tomei a liberdade de pôr algumas coisas a mais no material. - Any diz tímida ainda

- Prossiga.

- Aqui tem todos os lucros dos últimos anos como a senhorita pediu, uma comparação com o arrecadado pelo o seu pai nos anos dele de CEO, um gráfico mostrando o crescimento das ações da HCorp nos últimos anos graças a publicidade positiva para a empresa com as doações feitas pela senhoria e por fim, uma lista de premiações que a empresa ganhou nos últimos anos. Está tudo bem auto-explicativo - Any fala orgulhosa da filha.

- Os dados são melhores do que eu pensei Soares. - Sabina fala olhando a planilha e a apresentação feita. - Deseje-me sorte. - Sabina fala saindo do elevador e indo em direção a sala de reuniões.

- Boa sorte senhorita Hidalgo. - Any fala e as portas do elevador se fecham.

Sabina então chega na porta da sala de reuniões e segura na maçaneta, respirando fundo. Hora da reunião da sua vida.

- Então estava havendo uma reunião e não fui chama? Que triste. - Sabina fala adentrando na sala e todos olham para ela, brancos de medo. Eles mexeram com uma Hidalgo , ela não perdoaria tão fácil.

- Senhorita Hidalgo…

- Então… Por que estamos aqui? - Sabina pergunta para os acionistas

- Não acreditamos na sua história - Watson solta. - Você provavelmente criou uma história no calor do momento Hidalgo.

- Escutem aqui. - Sabina fala - Ao contrário de vocês, eu gosto de manter minha vida pessoal escondida dos holofotes. Mas a minha vida pessoal não importará se comparado as perspectivas que teremos caso me tirem do poder - Sabina fala e distribui as anotações que havia mandado Any fazer. - Como podem ver… minha margem de lucro em 4 anos de empresa, fora a mesma quantidade da de meu pai em 30 anos de CEO, e as previsões futuras são melhores ainda. Além disso… as ações estão supervalorizadas graças a mim, resumindo senhores: Se me tirarem, vocês falem. - Sabina diz cruzando os braços na ponta da mesa enquanto os homens se encaram indecisos sobre o que fazer agora. Ela tinha um ponto.

(...)

- Um latte por favor - May pede a garçonete da lanchonete da H-Corp sua bebida enquanto segurava seu livro na mão - Obrigada Anne.

- Na conta de sua mãe, May? - A garçonete pergunta e Maya nega

- Não Anne. Aqui está - Ela fala entregando o dinheiro a garçonete e indo até a mesa ao fundo da lanchonete e sentando ali para continuar a ler enquanto o horário de sua mãe não acabava.

- Senhorita Hidalgo. - Anne cumprimenta a chefe - Que surpresa! Geralmente é Any que vem pegar os seus cafés.

- Resolvi mudar um pouco - Sabina diz simples. Aquela reunião havia sido cansativa e a morena precisava de um plano urgentemente. Apenas conseguiu adiar aquilo, os sócios e acionistas iriam voltar ao assunto uma hora ou outra. Cobrariam ver sua noiva e enteada.

Mas e agora? Onde tiraria uma noiva e uma enteada?!

- Mudanças às vezes são positivas. - A mulher fala entregando o café para a chefe e dando uma piscadela. A outra apenas sorriu com o conselho e se retirou para sentar nas mesas.

- Pensa Hidalgo! Pensa - Sabina fala batendo com a mão na cabeça - Pensa… Pensa - Ela fala e dá um gole no café e vendo as pessoas da lanchonete. Mas algo lhe chamou a atenção, uma garota sentada nas últimas mesas com uma xícara na mão, e um livro de Karl Marx na outra. Ela estava extremamente entretida na leitura. - Essa é uma cena estranha.- A CEO fala se aproximando da menina e chamando sua atenção

- Qual das? - May fala olhando para a CEO e percebendo de quem se tratava - Você é… Você é Sabina Hidalgo? - A garota pergunta

- Sou sim porquê? - Sabina pergunta a garota que oferece uma cadeira para ela se sentar.

- Podemos dizer que eu sou uma fã sua. - Ela fala e Sabina se senta junto com ela

- Pergunta rápida: por que alguém da sua idade está lendo Karl Marx? - Ela pergunta a menina intrigada.

- Ele interpretou o capitalismo como ninguém. Eu gosto de ler para entender como isso tudo aqui - A menina fala fazendo um círculo por volta da cabeça como se dissesse a empresa e seu sistema inteiro. - Funciona. Acredito que você apenas pode administrar uma coisa, quando sabe como ela funciona. - Maya explica.

- Não está errada - Sabina fala para a garota. - Mas ainda é estranho.

- Estranho é apenas uma questão de ponto de vista. - May responde a morena dando de ombros e fechando o livro. - Não há idade para ser inteligente senhorita Hidalgo.

- Gostei de você. - Sabina fala e nesse momento, por ironia do destino, ou azar dele,Watson aparece na lanchonete e encontra Sabina sorrindo ao lado de uma menina, será que?

Não… seria verdade mesmo? Ele tinha que tirar a prova

- Então era verdade mesmo… - Watson fala atrapalhando a conversa de Sabina e Maya,assustando Lena.

- Watson. - Sabina fala o nome do cara e Maya olha para ele, deduziu ser um dosacionistas. - O que faz aqui?

- Eu também sou humano e venho tomar um café Hidalgo. E que bom que vim, agora pude saber que sua noiva e enteada realmente existem. - Ele fala e Sabina tensiona. Ele acha que a garota é sua enteada, e agora? O que ela faria? Céus! Sabina estava perdida.

- Eu existo? Como assim? - Maya pergunta olhando para ambos, em busca de uma resposta.

- E ela ainda lê O Capital… acertou em cheio Hidalgo - O homem continua a falar e Sabina entra em choque. A garota havia sido aprovada pelo conselho e nem precisou dizer nada. E se ela negasse Watson ali? O que aconteceria? - Ela vai para o jantar anual no fim de semana junto com você e sua noiva?

Noiva? Enteada? Maya estava confusa, da última vez que conferiu, sua mãe nem namorada ou namorado tinha. Será que Any estava escondendo o tempo todo? Não. Any nunca esconderia isso. Então Maya se levanta entendendo tudo, Sabina estava a usando naquele momento para ter aprovação do conselho, e uma Soares nunca seria usada.

- Eu já vou indo. Minha mãe já deve estar me procurando - Maya fala fria e seca,poderia muito bem negar tudo, fazer o que Sabina não fez, mas a mulher estaria em lençóis piores para negar tudo depois, então a melhor opção para May, foi a pior para Sabina. Passar bem - ela diz e sai dali tirando o celular do bolso para ligar para a mãe e saber onde ela estava. Graças a Deus seu horário já havia acabado.

- Gostei dela. Parece ter o pé no chão, a mãe deve ser parecida - Watson diz - Como disse, espero encontrá-la na festa. Adeus Hidalgo. - Watson fala e sai, deixando uma Sabina sozinha, e mais uma vez, desesperada.

- O que eu fiz? - Sabina diz batendo a mão na testa em desistência. Onde encontraria aquela menina de novo? E como convencer ela a se passar por sua enteada?

O Acordo (Versão Sabiany)Onde histórias criam vida. Descubra agora