Chapter-7

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               Jason Waksnova

Fiquei louco no momento em que senti o cheiro do seu sangue no salão. Minha irmã me olha preocupada e eu aperto meus punhos.

Não estava com fome, podia vê-la. Ela cheirava tão deliciosamente quanto em sua vida passada. Laysla sabia que ela estaria presente, e então eu fui avisado.

Normalmente eu era autônomo em relação a doação, mas a insistência de Laysla para que eu viesse ao menos uma vez nessas reuniões, era enorme.

Não gostava do fato de ter que ficar olhando para o rosto da família Hampton, que por vezes, tentava competir com o meu poder.

O poder maior estava em minhas mãos e da minha família, mas Christian nunca aceitou tal fato. Foi quando encontramos nossa destinada. Nossa.

Se não podíamos dividir um ambiente por conta de seu egoísmo, como seríamos capaz de dividir uma mulher.

Eu era o rei dos vampiros e alimentava-me da fonte, Christian possuía pensamentos totalmente contrários ao meu. Vegetariano.

Sorrio em escárnio ao ver seu olhar surpreso. Minha mulher é segurada pela cintura e encaminhada para o lado oposto do salão. Ele tentaria lhe distrair.

Eu sabia que não adiantaria de nada. Hoje de uma forma ou de outra ela chegaria até mim. Era inevitável.

Quanto mais egoísmo existia da parte dele, mais ela era atraída pra mim, mais discussões tinham e por fim ela decidia ficar só. Era isso o que iria acontecer, e então ela morreria.

A nosso verdadeira vontade era conseguir deixar a nossa menina feliz, sem contar com a parte que ela nossa. De nós dois.

Em sua encarnação passada, para evitarmos conflitos, havíamos estabelecido algumas coisas, algo que acabou sendo de minha ideia, ao Maia perceber que nunca conseguiria fazer nós dois convivermos juntos.

E deu certo, até não conseguirmos mais suportar nos mantermos uma semana longe dela como antes. Uma semana sem sexo, sem seus gemidos de prazer e sem seu sorriso tímido. Sem nada.

Era uma maldição, nós dois sempre fomos de posições contrárias.

Eu não culpava o coitado Christian. Ele era mais fraco e se recusava a anos e tomar sangue humano, o que fazia a Maia lhe admirar de certa forma. Diferente de mim.

- Como estão as coisas em casa? - Questiona num tom inaudível para os humanos.

- Calmas, matamos o traidor do Etan finalmente. Sabe que ninguém consegue fugir de nós. -Digo a olhando. Maia vai ao buffet ao lado da amiga, Lía, que lançava muitos olhares a nossa mesa.

Consigo ver nossos pais se aproximarem devagar da nossa mesa. Os mesmos tiveram que se alimentar durante vinda do Alasca até aqui.

- Quero muito revê-la. - Dizem meus pais em uníssono e se beija apaixonadamente. Desvio o olhar para Lía, que fala sobre minha mulher.

- Ela é reservada como antes. Não consegui sua amizade, ainda não. Creio que sua...amiga...- Sinaliza em direção a Lía Hampton. - A influencia pouco, muito pouco. E ela odeia isso.

Consigo perceber isso também e me encanto. Lía, por ver o futuro, conseguia persuadi-la, ao menos antigamente. Mas para as duas estarem aqui esta noite, conosco, era difícil que ela tivesse conseguido tal informação .

Ela precisava ter muita conexão com Maia para conseguir tais informações e aparentemente, não possuía.

- Ela não parece bem nos últimos dias, ouvi a Hampton falando dela com o irmão no telefone pelo corredor do colégio. - Diz ela sorrindo de lado, era incrível a forma que minha irmã e a irmã de Christiam H. se odiavam. Após a morte dela, muita coisa havia mudado entre as duas, que eram fiéis amigas da minha amada.

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