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Sem revisão.
(No surprise...)
Boa leitura!

Pov Addison Montgomery

Assim que Charlotte chegou em minha casa, conversamos rapidamente e então peguei minhas chaves e me dirigi a garagem. Em poucos minutos eu já me encontrava dentro do Audi A5 de cor grafite que portava. O caminho até Meredith foi feito em pouquíssimos minutos, já que não era tão distante. Eu conhecia bem aquele endereço. Conhecia cada canto daquela casa. Me arrisco a dizer que o momento era nostálgico e que eu estava com uma pontinha de ansiedade para vê-la novamente.

Assim que cheguei ao portão de entrada, um segurança já havia liberado minha entrada. Provavelmente ela já havia lhe avisado que eu viria. Depois de deixar o carro na garagem, que também foi aberta para mim pelo segurança, tratei de seguir para dentro de casa.

— Meredith?

— Na sala.

A voz era de choro, um choro compulsivo. Só pude vê-la quando me aproximei, pois ela estava sentada no enorme tapete da sala, com seus braços em volta dos joelhos e o rosto apoiado nos mesmos.

— Meredith... — Me aproximei e sentei-me ao seu lado.

— Por favor, não fala nada... — Ela tentava enxugar as lágrimas.

— Eu não vou. Vem cá. — A envolvi em um abraço apertado, e ali, com o rosto escondido em meu ombro, ela chorou por mais alguns minutos, até conseguir ficar calma.

Acariciei seus cabelos e deixei pequenos beijos em sua cabeça, enquanto sussurrava um "Tá tudo bem, pode chorar" em seu ouvido. Depois de mais calma, já sem chorar, ela se afastou devagar e eu limpei as lágrimas de seu rosto vermelho.

— Como sabia?

— O que?

— Como sabia que eu estava assim? — Ela aponta para o rosto inchado do choro e sorri fraco.

— Eu não sabia, eu só... — Tentei pensar em alguma coisa, mas minha cabeça estava longe. Fiz uma pequena pausa e fechei os olhos rapidamente, sorrindo fraco e negando com a cabeça.  — Eu nunca deixei de saber. E nunca vou deixar. Acho que é isso. — Voltei meu olhar para ela e ela havia encostado a cabeça no sofá, dando um longo suspiro.

— Ela não me conhece...

— Ela te conhece sim.

— Não, ela não sabia nem que eu era lésbica. — Encaro ela com cara de nada. — Tem noção? A vida inteira ela me imaginou como uma pessoa, e agora ela descobre que a melhor amiga é na verdade sua irmã e que ela tem uma outra mãe e uma mãe lésbica.

— Duas mães lésbicas.

— Tanto faz, você entendeu, pão. — Ela passa as mãos pelo rosto, pendendo a cabeça para trás, e é inevitável não encará-la sorrindo depois da última palavra. — Que foi?

— Pão... Você disse... — Digo fazendo um gesto rápido com a mão.

— Ah, desculpa, eu não...

— Não, eu gosto. Na verdade você já tinha me chamado assim por mensagem, mas nunca imaginei que ia ouvir isso de você outra vez. Não depois daquela noite.

— É... Eu também não imaginei que estaria chorando dentro dessa casa de novo. Muito menos com você.

— Você disse que nada no mundo faria você voltar.

— Eu disse. E você me disse pra bater a porta ao sair. Deu pra escutar? — Ela solta uma pequena risada nasal e eu rio junto.

— Eu com certeza escutei! — Continuamos rindo e então um silêncio se instalou no local. — Lauren não sabia? Digo... De você?

La Guapa - Uma história MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora