NOTA DA AUTORA: mudei o nome do capítulo hehe. Sorry. Boa leitura!!
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— Como assim? Ele... morreu? – Hinata perguntou quase num sussurro.
— Aparentemente você nunca esteve grávida. Sua menstruação atrasada deve ser resultado do estresse. – Sakura garantiu logo para evitar que a morena tivesse outra queda de pressão ou coisa pior. – É algo normal de acontecer. Você está bem.
A rosada ainda tentava manter a pose profissional, mas por dentro sentia certa felicidade por ter errado quando imaginou ter sentido duas batidas cardíacas na kunoichi. Depois do exame de prevenção, foi possível confirmar que não se tratava de um aborto espontâneo pois simplesmente não havia nada ali.
A notícia deixou Hinata aliviada. Em nenhum momento desejou estar grávida. Não nessas circunstâncias. O alívio era também por medo do que ter aquela criança significaria: se já era ruim ter que enfrentar a família para se divorciar, imagine se ainda por cima estivesse esperando um herdeiro? Seu pai jamais a aceitaria de volta na residência Hyūga e ela não teria para onde ir.
Uma pequena parte dela sabia também que tinha muito medo de não amar aquela criança e faze-la sofrer. Ela não queria isso.
O pensamento a fez chorar sem que percebesse.
— Hinata, eu sinto muito. – Sakura veio rapidamente segurar sua mão.
— Pelo quê? – a outra respondeu com a voz fanha – Foi melhor assim.
— Por tudo. Me desculpe pela expectativa que pus em você, me desculpe por não ter sido uma boa amiga e por ter nos colocado nessa situação. Desculpe pelas brigas... Por tudo.
A morena secou os olhos e as bochechas. Então apertou a mão da kunoichi médica.
— Chega de lágrimas. – decretou e a outra também engoliu o choro – Chega disso. Nós parecemos donzelas indefesas. Sempre à espera de algo que virá resolver nossos problemas. Quando ficamos assim? Que merda, Sakura. Quando ficamos assim?
Sakura acabou rindo.
— Olha, eu também não sei.
As duas permaneceram de mãos dadas. De alguma forma sabiam que aquele seria um dos últimos momentos que passariam assim, na calmaria e sozinhas, antes da tempestade que estava por vir. Independentemente do rumo que tomassem com seus casamentos, os danos já estavam feitos e as pessoas envolvidas já estavam machucadas.
E elas estavam cansadas de fugir disso.
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Sakura acabou ficando no hospital pelo resto do dia, à contragosto da diretora, que deixou claro que faria vista grossa apenas porque a médica foi convocada pelo hokage, mas também disse que a licença continuaria valendo e que não queria vê-la ali no dia seguinte.
Hanabi apareceu na recepção para perguntar sobre o estado de Hinata, já que graças aos clones de Naruto correndo pelas ruas, toda a vila acabou sabendo do episódio de desmaio de sua irmã. Ela não quis visitar e se deu por satisfeita quando um enfermeiro a deixou a par da situação.
No início da noite, Sakura foi avisar à sua paciente especial que em pouco tempo já estaria liberada da observação preventiva. Hinata não pareceu animada com a notícia, mas cooperou com a retirada do soro e aceitou quando a médica se ofereceu para coloca-la de pé. A morena se sentiu um pouco zonza, mas estava bem.
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Egoísta
RomancePara Sakura e Hinata, o sexo casual tem efeito entorpecedor e faz com que se esqueçam da frustração dos casamentos: uma se culpa por sentir demais; a outra, por por não sentir o bastante. Vale a pena encobrir um erro com outro maior ainda? E até que...