†CAPÍTULO 5 - Novos Amores†

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❝Se eu fosse um garoto

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❝Se eu fosse um garoto

Eu acho que poderia entender

Como é amar uma garota.

Beyoncé - If I Were a Boy 

Estava voltando para casa após ter deixado meu telefone com uma garota de olhos castanhos bonitos. Poderia ter ficado com ela naquele momento e a convidado para tomar alguma coisa em meu quarto, mas estava exausto e minha mandíbula, estômago e braços ainda latejavam da briga.

Sinceramente, aquele não era o tipo de festa de boas-vindas que tinha em mente, mas não poderia deixar meu irmão apanhar para aqueles idiotas. Era quase um pacto entre nós três que nunca deixaríamos o outro se enfiar em uma briga sozinho, e era óbvio que Daniel levaria uma surra contra aqueles cinco babacas. Afinal, se não fosse por Damien ter intervindo, teríamos sido espancados por eles, ou pior: Daniel podia ter matado aquele imbecil.

Era sempre assim quando Daniel perdia a cabeça em uma briga. Damien e eu sabíamos a hora de parar, mas ele não. Era como se tivesse descontando o ódio em um desconhecido pela vida não ter sido muito justa, sendo esse um dos motivos pelo qual fiquei relutante em ir para Nova Iorque. Não queria deixá-lo sozinho em Ames, afinal Damien precisava sair da cidade por estar péssimo pelo término com a líder de torcida idiota após a morte de nosso pai e Daniel estava devastado. Se ele não tivesse insistido tanto para aceitar a proposta da universidade e assumir os negócios, eu teria ficado sem pestanejar.

Daniel, com a tragédia inesperada de nossa família, ficou desolado, arrasado e perdido. Durante toda a nossa vida e todo o tempo que convivemos e passamos juntos, nunca derramar uma única lágrima, mas desde o falecimento de nosso pai seu choro se estendeu por meses. Nós três estávamos quebrados, mas o meu irmão mais velho era quem mais precisava de apoio.

Só Deus sabe o inferno que Daniel viveu e sabíamos que ele era o mais próximo do nosso coroa. Apesar de sempre bancar o durão, era o que mais escondia os seus sentimentos e passado. Contudo, por algum motivo, eu desconfiava que nossa perda não foi o único motivo para seu sofrimento. Antes de ir para Nova Iorque, o via chorar por horas em silêncio sentado em algum lugar sozinho, sempre bêbado e fumando, imerso dentro de seus próprios pensamentos. Parecia óbvio que aquela cabeça loura escondia algo, mas nós jamais iríamos saber. Daniel podia parecer um livro aberto, porém parecia velar muitas coisas por trás de seus atos.

Após ter ficado três anos fora, circundado por todas aquelas festas e garotas incríveis de Nova Iorque, sentia que sempre faltava algo dentro de mim e sabia que era minha família. Por isso, havia decido pedir transferência da universidade de Nova Iorque para a de Ames, já que não aguentaria mais nenhum dia sem ficar próximos de meus irmãos. Podia não demonstrar, mas eu os amava mais que qualquer coisa em minha vida, pois eles eram as únicas coisas que haviam me restado.

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