" Unidos por um passado, presos por um sentimento..."
Três longos anos se passaram desde que o colegial havia acabado e Haven Salvatore foi embora da pequena cidade de Ames em busca de um novo começo, longe de tudo que a matinha ligada ao seu excruc...
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❝Ela é ruim como o inferno.❞
Friday Pilots Club - Bad as Hell
3 ANOS DEPOIS
Noite de sábado. Estava quente o suficiente para eu já ter uma ideia de como passaria a minha eternidade no lugar especialmente reservado para mim: o inferno. O bar ainda não estava cheio, mas sabia que logo ficaria. Ótima música, ótima localização, garçonetes gostosas e cervejas geladas. Uma noite de verão daquelas era ótimo para os negócios, porém, não para o meu humor.
Sinceramente, gostava como as garotas faziam questão de mostrar seus corpos e usarem menos peças de roupas. Facilitava na hora de enxergar e tirar as coisas, e o frio não era um problema para ambos ficarem completamente nus, mas suar e ficar o dia todo embaixo do ar-condicionado não era nenhum pouco estimulante, muito menos quando se estava de ressaca, já que era como pagar por seus pecados em vida. E era como me encontrava naquele momento: bebendo uma cerveja gelada para amenizar a ressaca, sentado em uma mesa assistindo a reprise de um jogo, acompanhado de um péssimo humor e sentindo a dor pungente nas lesões de meu corpo.
Dormi na maldita casa da árvore e acordei pela manhã sentindo algia até em minha bunda. Me entupi de analgésicos, quase os esmigalhando e cheirando como se fosse cocaína, para a merda da dor de cabeça que estava fodendo com o meu humor. Talvez uma grande dosagem de morfina aplicada diretamente em minha veia seria mais eficaz.
Mesmo lesionado e alheio ao mundo a minha volta, Damien e Dean, ao chegarem no bar, fizeram questão de me cutucar para ver qual parte do meu corpo doía mais. Ao perceberem que eu estava prestes a usar os cadarços de meus sapatos para estrangulá-los, finalmente me deixaram em paz. Mas o que não deixei de notar foi a estranha aproximação repentina de Damien e Gwen. Ambos conversavam como dois amigos íntimos enquanto Dean estava distraído com os olhos fixos na tela de seu celular. Honestamente, aquela cidade sempre me trazia alguma surpresa.
Estando duas horas atrasada, Callie chegou ao bar fazendo questão de ignorar minha existência e sem me dar satisfações sobre o motivo de sua ineficiência no trabalho. Mas era óbvio que depois de ontem ela estava me odiando, porém era melhor a ter desejando minha morte — como muitas outras garotas em Ames —, do que sonhando em ser minha futura namorada.
Devo admitir que eu era um cretino com o sexo feminino, alimentava seus ingênuos sentimentos implicitamente para ter sexo quando quisesse, afinal, uma garota apaixonada fazia qualquer coisa por seu objeto amado. Mas não faria isso com Callie, acho que pela primeira vez em minha vida estava sendo humano com uma mulher.
Mas ignorei todos esses pensamentos e indagações, bloqueando minha mente de racionar. Deveria apenas relaxar, mas havia quase uma semana que não fazia sexo, e eu precisava de sexo... o quanto antes. Estava tenso, estressado e nem o cigarro que havia acabado de acender conseguia acalmar minhas angústias, afinal. Se o álcool era a solução de tudo para mim, o sexo era o resultado após ter tido milhares de soluções. E não havia nada melhor para melhorar meu humor e minha ressaca que uma boa e velha foda.