Capítulo 27

1K 67 89
                                    

Três dias depois..

Eu tinha contado para o Sam da maravilhosa "ideia" do delegado de marcar uma entrevista em uma rede de TV em um dos horários nobres.

Era perfeito para dar todos os motivos para ele rir da nossa cara com a pouca informação que tínhamos. Mas também era perfeito para fazer ele ficar irritado ao ver que estávamos alertando o seu padrão de vítimas.

E o Sam como eu achou uma idiotice.

Não faz sentido nenhum você expor detalhes do caso em rede nacional, se os únicos detalhes que você tem não ajudam em nada.

E deixar ele saber que não tínhamos nenhuma informação clara sobre quem ele poderia ser, iria fazer o seu ego aumentar ainda mais.

Eu fiz checarem os quintais, as ruas, e todos os lugares por onde ele havia passado correndo um milhão de vezes para que tivessem certeza de que não tinham deixado nada passar, ou para ter certeza de que ele não deixou nada cair.

Mas o filho da puta é sortudo demais.

Não era nem cinco da manhã quando o meu celular começou a tocar. Eu abri os olhos lentamente, e o Sam também acordou.

Nós ficamos nos encarando por alguns segundos, e eu comecei a pensar que poderia ser outro ataque dele.

E eu já estava cheia disso, eu já estou cansada de ficar jogando esse jogo de gato e rato com ele. O meu psicológico está todo fodido.

Estou morrendo de medo do que ele possa ter feito com a Rachel, do que ele possa fazer comigo ou com a Lucy.

Levantamos e eu peguei o meu celular, era um número desconhecido, o que já fez o meu corpo gelar dos pés a cabeça. Saímos do quarto fechamos a porta e nos sentamos no sofá.

Então, eu atendi e coloquei no viva voz, sentindo o Sam passar o braço pelo meu pescoço, e beijar a minha cabeça. Acho que ele estava tentando me passar segurança, ou meio que dizer: "eu tô aqui".

          * LIGAÇÃO ON *

— Detetive Bennett.

E o silêncio reinou, eu só escutava alguns choros.

— Alô?

Detetive Bennett. - ela sussurrou.

E quando eu escutei a voz da Rachel o meu coração disparou, mas foi de um jeito bom, eu senti um alívio enorme escutando a sua voz, e tendo certeza de que ela estava viva.

— Rachel! Meu Deus, você está bem?

— Uhum..

— Tudo bem, ele te machucou?

Eu tô bem..

— Rachel, tá sozinha?

Ela ficou em silêncio chorando mais uma vez.

— Uhum..

— Me fala o endereço, por favor, eu tô te implorando. - eu disse em um tom calmo, fechando os olhos, torcendo para que ela falasse.

Ela chorou mais alto dessa vez.

— Eu prometo que não vou deixar ele chegar perto da sua família, nem dos seus amigos, nem de você de novo.. - sussurrei. — Mas você tem que me falar o endereço para eu poder te tirar daí.

Ela continuou chorando.

— Eu não posso..

— Você tá sozinha, eu vou te tirar daí antes que ele chegue, e você vai estar em segurança em um lugar junto com a sua família e os seus amigos, eu prometo.

Serial KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora