capítulo 5

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A noite passada tinha sido um tormento, eu não fechei os olhos nem para tirar um pequeno cochilo.

Passei a noite lendo e relendo coisas sobre o crime, tentando encaixar de alguma forma, um dos nossos dois suspeitos.

Scott Thomas e Antoni Wilder.

Mas não tinha como, ele não deixava pista, não deixava nada para trás, não deixava uma pegada, ou uma simples digital.

Não tínhamos uma testemunha, porque as duas possíveis estavam mortas antes mesmo de serem encontradas.

E essa é uma das partes mais irritantes de ser uma detetive. A parte de procurar uma agulha no palheiro.

Ser detetive exige paciência, cautela, atenção, e várias outras coisas. Você precisa estar em alerta para todos os sinais durante a investigação.

Você precisa ser.. discreta acima de tudo. Quando eu digo que precisa ser discreta, quero dizer que não pode demonstrar aos suspeitos que sabe mais do que eles pensam que você sabe, caso contrário fugirão de você.

Porque enquanto o suspeito souber que não tem certeza de que foi ele, estará sempre um passo a sua frente.

Eu tentei de todas as formas ligar Scott e Antoni ao crime, mas não consegui. Mas o fato de não ter conseguido, não faz com que eles não estejam mais na lista de suspeitos.

LISTA DE SUSPEITOS:

* Scott Thomas
* Antoni Wilder

Eu estava sentada no sofá, com o notebook na mão, mas estava na hora de ir para a delegacia.

Hoje, eu queria interrogar a namorada do Scott, para saber se ela estava mesmo esperando ele na sorveteria.

E hoje também, iríamos analisar as câmeras de seguranças dos estabelecimentos onde as duas foram vistas pela última vez. E claro, a da sorveteria onde o Scott diz ter ido encontrar a namorada.

Eu ficaria sabendo se estavam mentindo hoje.

Levantei do sofá, e fui para o banheiro. Tomei um banho, lavei o cabelo, e quando saí fui direto para o meu quarto.

Troquei de roupa, penteei o cabelo, escovei os dentes, e juntei minhas coisas no sofá.

Peguei elas, e saí de casa.

...

Quando cheguei na delegacia, eu estacionei, peguei minhas coisas, e entrei.

Estava um dia normal, e eu fiquei satisfeita de não ter recebido um telefonema dizendo que o serial killer havia atacado novamente.

Segui até a sala onde ficavam o café na delegacia, e peguei um copo.

— Que cara é essa detetive Bennett?. - Sam perguntou rindo.

— Cara de quem passou a noite trabalhando. Diferente da sua que parece ter descansado bastante. - eu disse.

— Meu Deus, como ela é agressiva. Você já acorda atacando as pessoas. Atraí coisas negativas desse jeito, sabia?. - ele perguntou pegando um pouco de café.

— Deve ser por isso que atrai você. - eu disse.

Ele riu.

— Eu sou uma coisa positiva. - ele disse.

— Não, você é uma coisa que me tira a paciência. E uma coisa que me tira a paciência, é uma coisa negativa. - eu disse encarando ele.

— Eu posso recompensar a paciência que tiro de você. - ele disse. — Posso aliviar seu estresse. - ele disse e eu o encarei séria.

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