capítulo 4

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Eu tive que aturar ele no carro, até chegar ao local que a Melissa tinha sido vista pela última vez. No seu trabalho.

— Não mexe aí. - eu disse assim que ele abriu o porta luvas.

— Então.. Natalie. - ele pronunciou meu nome lentamente.

— Que foi?. - eu perguntei.

— A quanto tempo é detetive?. - ele perguntou.

— A uns cinco anos. - eu respondi. — Por que?. - eu perguntei.

— Pensei que fosse novata nesse assunto de.. investigar crimes. - ele disse me encarando.

— Pensam muitas coisas ao meu respeito. - eu disse.

— Deve ser por conta do seu rostinho de princesa. - ele disse, e eu estacionei finalmente chegando ao nosso destino.

— Me chama de princesa de novo, para ver se eu não te mando para o palácio. - eu disse saindo do carro.

— Para que palácio?. - ele perguntou.

— Pode escolher. O lá de cima, ou lá de baixo. - eu disse dando um sorriso cínico.

— Você me causa muito medo detetive Bennett. - ele disse rindo.

— E além de medo vou te causar dor, se a palavra princesa sair da sua boca se referindo a mim de novo. - eu disse atravessando a rua.

— Docinho, boneca está bom para você? Pode escolher. - ele disse e eu me virei para ele.

Apoiei as mãos em seus ombros, e lhe dei uma joelhada em suas partes baixas.

— Aí porra!. - ele murmurou levando as mãos até o local.

— Detetive Bennett, ou Natalie, está ótimo para mim. - eu disse me afastando.

Entrei no local do trabalho da Melissa, e segui até o balcão.

— Com licença, em que posso ajudar?. - a balconista perguntou sorrindo.

— Detetive Bennett. - eu disse mostrando o distintivo.

— Agente Fisher. - ele disse com uma voz de quem estava sentindo dor. E ele mostrou o distintivo como eu fiz.

Eu o encarei.

— Tudo bem?. - eu perguntei prendendo o riso.

Ele riu cinicamente.

— Estou aqui para falar sobre o caso de Melissa White. - eu disse encarando ela.

— Pode fechar o estabelecimento por gentileza? A conversa vai ser longa. - ele disse.

— Sim senhor. - ela respondeu.

Ela saiu de trás do balcão, e nós esperamos que ela pedisse a todos que se retirassem.

— Machucou sabia?. - ele perguntou.

Eu levantei o olhar, e o encarei séria.

— Quer gelo? Deve ter aqui. - eu disse dando um sorriso.

— Acho que não vou gostar de trabalhar com você Natalie. Há grandes riscos de eu sair sem poder ter filhos. - ele disse, e eu o encarei.

— Vai sair sem poder praticar também, se não calar a boca, e parar de me encher o saco. - eu disse, e a gente riu.

— Tudo bem, tudo bem. Vou parar de te encher o saco. - ele disse.

— Só não faça com que eu tenha que conquistar o respeito de alguém de novo. Demorei muito tempo para me tornar a Detetive Bennett, que é respeitada por todos. - eu disse encarando ele.

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