Capítulo 17

985 85 33
                                    

Eu passei a noite em claro tentando rastrear o número de celular pelo qual o serial killer me ligou.

Dá para acreditar que ele teve essa cara de pau?

A voz dele modificada por conta de algum aparelho que ele usou para causar isso, era de arrepiar.

Flashback on

Lucy estava dormindo, pois já se passava das dez da noite, e eu estava saindo do banheiro, depois de escovar os dentes pronta para ir dormir quando meu celular começou a tocar.

E eu vi que era um número desconhecido.

— Detetive Bennett.

Se você for o assassino, ligue para a central.. se realmente estiver arrependido, e se sentir compaixão, ligue para a central.

Eu senti meu corpo se arrepiar na mesma hora, o meu coração disparou. O filho da puta teve a cara de pau de me ligar.

— Por que eu ligaria para a central, quando eu posso ligar para você, e escutar sua voz?

— Você ligou para se entregar? Porque eu acho que é a melhor opção se não quiser uma pena de morte.

Ohh. - ele riu. — Você está me ameaçando?

— Você sabe que vai ser pego.

— A é? E quem vai me pegar, boneca?

— Primeiramente, é Detetive Bennett. E segundamente, eu vou pegar você.

— Dependendo do jeito que me pegar, eu vou até gostar, sabia?

Pode me dizer seu nome?

— Quer saber meu nome? Pode me chamar artista. Ou você não acha minhas obras de arte tão lindas quanto as de Van Gogh, Picasso ou Leonardo da Vinci?

— Na verdade acho um insulto a arte, você comparar suas barbaridades, com as belíssimas obras de arte deles.

— Aí detetive, cansei de falar com você, e antes que decida rastrear a ligação, tchau.

E então, ele desligou na minha cara.

Flashback off

Mas, como sempre, antes que eu começasse a rastrear, ele quebrou o chip, porque nem começar a carregar o rastreamento começou.

E eu fiquei com tanta raiva de mim mesma, por que eu não comecei a rastrear enquanto estava com o filho da puta na linha?

Que droga!!

— Natalie. - Lucy disse caminhando até mim, enrolada na coberta.

— Oi. - sorri. — Tudo bem?. - eu perguntei.

— Eu tive um pesadelo. - ela disse parando a minha frente.

— Oh.. você quer conversar sobre isso?. - eu perguntei.

— Eu estava sozinha no museu, e ele tava atrás de mim. - ela sussurrou chegando mais perto. — Aí eu saí correndo, e quando eu te gritei, você não aparecia, você não tava lá. Eu tava sozinha. - ela sussurrou chorando.

— Não, não chora, não chora. Você quer um abraço?. - eu perguntei.

— Sim, por favor. - ela disse, e eu achei tão, tão fofo por ela ter dito "por favor".

— Foi só um sonho ruim, está tudo bem. - eu disse abraçando seu corpinho pequeno, sentindo seus cachinhos macios encostarem em minha bochecha. — Eu estou aqui, está tudo bem. - eu disse acariciando seus cabelos.

Serial KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora