Capítulo 15

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Continuação..

Peguei a guarda de uma criança.

Dá para acreditar?

Eu, Natalie Bennett, responsável por uma criança. Sendo que, eu nem gosto de crianças.

Mas ela estava tão preocupada com o fato de ir parar no orfanato, e estava chorando tanto que eu não sei o que aconteceu, mas eu fiquei com dó.

Eu nunca tinha interferido nas decisões da justiça, porque o certo era deixá-la com a assistente social, que iria deixar ela em um orfanato, mas.. ela estava tão triste.

E aí, agora tenho que entrar com um pedido de adoção, mas acho que não vai demorar muito, já que eu disse que o serial killer pode estar atrás dela.

Nome: Janete Hall Miller
Idade: 20 anos
Altura: 1.64
Pai: Pietro Miller
Mãe: Marya Hall
Vista por último: Pizzaria com amigos.

— Okay.. - eu disse depois de ler os dados. — Quero a lista de amigos, os pais, as imagens das câmeras de segurança, e tudo que você já sabe que eu vou pedir. - eu disse encarando Jackson.

— Okay.. - ele disse.

Ele saiu, e eu fiquei sozinha na sala com o Sam.

Que parou a frente da mesa, apoiou as mãos na mesma, e ficou me encarando.

E eu fingi que não estava vendo, continuei pesquisando as redes sociais da Janete, porque as vezes tem alguma dica, ou pista, ou alguma conversa que revele alguma coisa.

— Que é? Por que está me olhando assim? Tá me desconcentrado, eu preciso trabalhar. - eu disse encarando ele.

— Você sabe que não podia fazer isso. - ele disse.

— Fazer o que?. - eu perguntei.

— Pegar a guarda provisória dela, Natalie! Ela é uma criança, precisa de atenção. E você é uma adulta que, primeiro, não gosta de crianças, segundo, está atrás de um serial killer, e terceiro, que está sendo, provavelmente perseguida por ele, ou vai dizer que esqueceu o bilhete que ele deixou no seu prédio?. - ele perguntou.

Eu fiquei encarando ele, escutando cada palavra em silêncio.

— Não é porque eu não gosto de crianças, que eu não sei cuidar de uma.. - ele me interrompeu.

— E você sabe?. - ele perguntou.

— Não te interessa. A vida é minha, e eu faço o que quiser. E eu não estou sendo perseguida por um serial killer, ele só deixou aquilo no meu prédio, porque não está gostando de ser perseguido por mim. - eu disse e ele riu.

— Perseguido por você?. - ele perguntou. — Não sabemos nada sobre ele, mas ele sabe tudo sobre nós. Ele está sempre um passo a frente. Não sabemos nem como ele pode ser. - ele disse me encarando.

— É um serial killer, eles estão sempre um passo a frente no começo de tudo isso. - eu disse como se fosse óbvio. — Eu sei que eu não podia ter interferido, mas.. eu não podia deixar ela ir para um orfanato, você não viu como ela estava, você não viu o desespero dela. - eu disse e ele ficou me encarando. — E, eu sei que eu não gosto de crianças, mas.. por algum motivo, eu.. gostei dela. - eu sussurrei.

— Vamos ter que pegar o depoimento dela também, você sabe né?. - ele perguntou.

— Sei. - eu respondi.

Ele respirou fundo, e saiu da sala.

Eu sei de tudo isso, mas, é a minha vida, não foi ele que pegou a guarda, foi eu! E se ele tivesse visto como ela nervosa achando que iria parar em um orfanato, se ele tivesse visto o quanto ela estava chorando, se ele tivesse visto o quanto ela estava assustada..

Serial KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora