04. maybe it was a coincidence.

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TW: suicídio.

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"Se alguém perguntar como nós morremos. Por favor, olhe-os diretamente nos olhos. Chame de suicídio. Não invente. Apenas diga a eles, amor. Foi suicídio. Não adoce as coisas. Apenas deixe que eles saibam". ── james arthur, suicide.

O dia havia começado atrasado, ou melhor, corrigindo, Jeon havia acordado atrasado, o dia era sempre pontual, o sol nunca se atrasava para nascer e nem se pôr, normalmente Jeongguk também era assim, mas por motivos especiais ── uma maratona de Ric...

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O dia havia começado atrasado, ou melhor, corrigindo, Jeon havia acordado atrasado, o dia era sempre pontual, o sol nunca se atrasava para nascer e nem se pôr, normalmente Jeongguk também era assim, mas por motivos especiais ── uma maratona de Ricky&Morty que ele precisava fazer ── havia dormido tarde na noite anterior estragando toda sua rotina do dia seguinte.

Normalmente ele acordaria às cinco e meia para chegar à escola às sete em ponto, tomaria um banho quente, colocaria seu uniforme, tomaria um café da manhã reforçado, deixaria um beijo na testa da sua mãe que naquela hora ainda estaria dormindo e partiria com sua mochila azul nas costas.

Mas não, graças ao seriado estúpido ── que ele amava ── havia acordado às seis e meia, tomou um banho apressado, o café da manhã foi pulado e seu uniforme estava todo abarrotado, pois havia se esquecido de passar na noite anterior. Saiu de casa tão apressado que esqueceu a mochila, voltou para buscar e perdeu seu ônibus, que só voltaria a passar depois de minutos, Jeon aproveitou os mesmos para arrumar seus cabelos desalinhados que para piorar a situação estava volumoso demais.

Quando finalmente entrou no ônibus quase vazio sentou-se no mesmo lugar de sempre ── no penúltimo banco, na janela do lado direito ── e colocou uma música calma retornando ao pensamento de que aquele banco e aquelas músicas também faziam parte da sua rotina controlada.

No colégio só conseguiu entrar na segunda aula e passou alguns minutos na diretoria, ouvindo um sermão que nem sequer fazia sentido, a diretora comentou sobre aviões e sobre o quão importante era que eles chegassem e saíssem da pista no horário certo, o mais novo se esforçou para não revirar os olhos e explicar para a mais velha que ele não era um avião e sim uma pessoa.

Assim que Jeongguk passou pela porta, todos os olhos foram direto nele, o que nunca aconteceu antes uma vez que Jeon era uma das pessoas mais apagadas. Os olhares confusos e assustados se transformaram em risos e sussurros. O acastanhado se sentiu como uma vítima para vários leões. Se sentou em sua cadeira cotidiana e esperou aquilo acabar; que aconteceu quando o professor entrou na classe.

Jeongguk abriu seu caderno e tentou ao máximo prestar atenção no que ele copiava do quadro branco, entretanto, sua cabeça fazia questão de levá-lo para outros lugares e pensamentos.

Filosofia. Ele odiava a matéria, não mais que matemática, mas ainda sim era um ódio descomunal.

"Ser ou não ser?" "Penso, logo existo" e todas essas coisas o deixava ansioso. Pensar demais o deixava pilhado. Não era como se ele não pensasse. Pensava sim e às vezes até demais. Primeiro pensava nos grandes filósofos e em como entendia Shakespeare em todos os momentos que o poeta dizia que as palavras não eram suficientes para expressar sentimentos humanos.

lâmpada quebrada || Livro 03. Onde histórias criam vida. Descubra agora