07. we are victims of false love.

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"Tome minha mente e tome minha dor como uma garrafa vazia que apanha a chuva. E cure, cure. Me cure". ── tom odell, heal.


Na noite escura um adolescente quebrado perambulava sem saber exatamente para aonde ir, que caminho seguir e onde exatamente parar, seus pés e pernas sabiam pouco menos, apenas seguiam esperançosos que alguém aparecesse, que alguém colocasse o mínimo de juízo naquela cabeça perdida cheia de pensamentos agitados.

Jeongguk caminhou sem rumo por horas, o sol acordou e se pôs a brilhar, o passatempo da manhã era assistir pessoas deixarem suas casas confortáveis para irem de encontro com escritórios bagunçados, papeladas, pacientes enfermos e coisas assim que lhe parecia uma grande perda de tempo. Talvez a vida fosse dessa maneira.

O garoto que perambulava por uma rua totalmente desconhecida com a expressão de um morto vivo ── o pijama e rosto sujos de sangue não ajudava muito ── lhe parecia intrigante de alguma forma, o sol perguntava-se como aquilo havia acontecido, como diabos a maioria dos jovens se tornaram pessoas tristes de repente, era uma pergunta que ele definitivamente faria a lua quando tivesse tempo.

Jeon caminhou por horas até que uma boa pessoa o impediu de continuar, demorou alguns segundos para que a mente do acastanhado processasse o que estava acontecendo.

── Garoto! ── o homem gritou, balançando ambos os braços do mais novo. ── Garoto, você está bem?

── Ah? ── gemeu Jeongguk, um tanto confuso com os arredores.

── Você está bem? O seu nariz estava sangrando?

O mais novo levou a mão até o próprio nariz. Estava, mas ele não se lembrava do momento que havia parado.

── Onde estou? ── perguntou.

── Está na Rua Hoyanseo¹.

Jeongguk arregalou seus olhos. Rua Hoyanseo? Era muito longe de onde ele estava. Olhando para trás perguntou-se se havia caminhado aquilo tudo enquanto dormia acordado.

── Os seus pés estão machucados. ── falou o homem. ── Você deve ter pisado em vidro, ou algo assim. ── Os pés estavam sujos e cheios de sangue, mas por algum motivo não doíam. ── O que aconteceu com você?

Enquanto processava as informações da madrugada seus olhos foram enchendo de lágrimas. Sua mãe...

── Não pense em coisas tristes. ── disse o homem, abanando a mãos em frente ao rosto alheio. ── Vou te ajudar, você deve estar faminto e com muita dor.

Jeongguk negou com a cabeça, em vão. O homem o puxou pela mão, o levando até a loja de conveniência que havia ao lado.

── Vou pegar algo para você comer. ── falou o idoso.

Jeon assentiu com a cabeça lentamente, pensando em qual seria o seu nome porque ele não fazia ideia.

O Sr. Min entrou em um dos corredores de comida e procurou por algo saudável que pudesse dar ao jovem, não encontrando nada, cogitou a possibilidade de começar a vender frutas. O homem pegou um pacote de biscoito recheado e uma garrafa mediana de suco no freezer, voltando para o menino em seguida, que naquele instante se encontrava sentado na cadeira atrás do balcão, com metade do corpo deitado sob o mesmo.

O homem sorriu pequeno, lembrando do próprio filho que costumava dormir em todo lugar que era possível. Ah, jovens.

O sol gosta de quem gosta dele, quando as pessoas reclamam de si, dizendo que ele é muito quente ou que sua luz é clara demais, ele apenas rola os olhos e grita ao longe "O que eu te fiz de tão mal?" mesmo que ninguém possa o escutar de fato, estando longe.

lâmpada quebrada || Livro 03. Onde histórias criam vida. Descubra agora