00.1. prologue.

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Jeongguk estava tremendo. Mesmo que aquela noite encontrava-se fria e ventasse tanto que seu suéter dançava em seu corpo, este não era o motivo. O frio era nada em comparação ao revólver que estava mirado contra sua cabeça.

Um dejavu o atingiu. Aquela cena era tão parecida com outra. Ele lembrou-se. Taehyung carregava ódio em seus olhos e coragem em seus ombros. Hyunsook apontava sua arma para seu filho mais velho, seu dedo acariciava o gatilho, mais que pronto para atirar na sua maior decepção. Tudo que seu menino mais novo conseguia fazer era gritar, para que tudo aquilo parasse, que ele precisava parar.

Dessa vez, diferente daquela noite, Hyunsook não escutaria seu filho mais novo. Não abaixaria sua mão. Não pouparia uma vida, duas ou três ── dependia de quem se intrometesse.

O homem mais velho falava e falava, em um tom grosseiro, mas os ouvidos de Jeongguk não conseguiam ouvir, era tudo inaudível, menos cada gota que caia de uma torneira mal fechada. Jeongguk precisava fechá-la, caso não fechasse a casa podia ficar inundada, caso não fechasse seu irmão morreria, caso não fechasse... Ele morreria. Ele precisava mandar o medo ir embora e mexer suas pernas.

── Você fodeu com a minha vida, você e aquele viadinho de merda. ── seus ouvidos quase gritaram em dor, aquela voz grossa lhe incomodou como nunca. Jeongguk olhou ao redor, desesperado por ajuda. Por alguém. Desesperado por Jihyun e seu abraço quente.

── Você não precisa fazer isso. ── finalmente sua voz saiu.

Hyunsook sorriu debochado. ── Você não tem ideia de como é ficar preso, garoto. Naquele lugar você perde toda a sua pouca sanidade, eles bebem em uma taça de vinho. Eu estava lá injustamente.

── Injustamente? ── perguntou, foi um erro, seu tom saiu insolente.

── Você acredita que eu mereço estar naquele lugar podre?

"Sim, eu acho. Você fodeu com a minha vida". Jeongguk pensou em dizer, mas pensou também que provavelmente não teria tempo de completar a frase antes de ter uma bala alojada em sua testa. Ele pensou que tudo aquilo tivesse acabado quando Hyunsook havia sido preso, mas ele viu naquele momento que a vida era daquela maneira, coisas ruins iriam vir o tempo todo, e mesmo que quisesse não podia fugir para sempre.

── Se você atirar em mim, tenho certeza que voltara para lá... Pense bem.

── Se eu não atirar, de qualquer forma vou voltar. Esse é o meu momento, garoto. Eu vou me vingar, de você, da sua mãe e daquela bicha.

Jeongguk precisava fechar aquela torneira, o som de água caindo lhe irritava. Hyunsook arrumou sua posição e sorriu colocando um pouco mais de força em seu dedo e mãos. Jeongguk precisava correr, e ele fez. Tarde demais.

O disparo soou ensurdecedor e cortante. Jimin encolheu-se com medo e permaneceu abraçado com suas pernas por uma coleção pequena de segundos, mas no mesmo período sua mente gritou o nome de Jeongguk, suas pernas quase cederam ao chão enquanto ele se levantava e vestia sua calça com pressa. Jeongguk. Jeongguk. Jeongguk.

Sangue foi a primeira coisa que Jimin viu.

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lâmpada quebrada || Livro 03. Onde histórias criam vida. Descubra agora