A/n: e ae meus chapas? Sei que isso não é YouTube mas compartilhem aí hihihi. Demorei, não me matem...mas podem me sequestrar.
Pov S/n
Trégua. Vi rostos daqueles que tive certeza que nunca mais veria. Estávamos em trégua pelas encruzilhadas das ruas superlotadas, cheias dessa gente, estranhos passageiros que eu nunca mais veria novamente. As estradas não deixavam de ser mais caóticas tanto quanto o ambiente poluído e bagunçado, onde ciclistas ousados competiam com os carros numa divisão quase mínima da travessia da estrada. Mas eu tentava não focar nisso. Apenas via essas pessoas virarem em avenidas num percurso automático, algumas acompanhadas e outras mais sozinhas do que nunca.
Por que agora? O pedido de desculpas repentino ainda assombrava minha mente, que insistia em repetir aquele momento, por quanto tempo poderia continuar e continuar com a repetição? Aquilo me enchia de expectativas bestas, diziam já é um começo ou ela se desculpou nem tudo está perdido. Fodidas expectativas. Erramos quando a temos, erramos antes mesmo do erro chegar com suas bagagens pesadas num final de terça-feira, trazendo consigo a brisa fresca do outono cujo marcaria sua memória pra sempre, o erro então bate na sua porta e exige uma estádia. Billie disse que nenhum demônio nos atacaria, prometeu até.
Eu andava com anjos ao meu lado sem que ninguém soubesse e temia demônios cujo fui informada que parecia com gente, gente como a gente, dessa gente que estou observando cruzar as avenidas.
"Podemos voltar, S/n" ela sugeriu, como se tivesse adivinhado, antes de acrescentar um. "Se quiser."
"Não, tá tudo bem" sorri mesmo diante da vontade de contar que não era só por isso que estava ansiosa. Além do mais, ir comer com três demônios querendo te matar parece burrice. Maldita necessidade humana!
"Eu sinto tudo que você sente" disse com certa graça irônica, pra minha infelicidade, me senti ainda mais exposta e quase desejei não ter a capacidade de ter sentimentos. "As vezes te entendo e outras vezes não. Mas sei que está nervosa, apenas respire fundo e se acalme. Isso vai me acalmar também, babygirl"
Ela sentia por dois. Por mim, principalmente e, por ela mesma. Fiquei em silêncio enquanto anotava isso em minha mente. Estamos entre tanta gente mas ainda consigo sentir seu olhar procurando o meu, o erro foi achar ele a tempo. O pedido de desculpas parecia nunca ter existido, será que eu inventei tudo? Meu anjo não conseguia esconder a tristeza, talvez pelo fardo de me ter tão perto; algo naquele rosto simétrico e perfeito parecia me odiar. Peep vinha conosco, se ele percebia tudo isso fez questão de não mencionar nada, contudo, lançava de vez em quando sorrisos doces pra mim. Ele apontou pra um restaurante, muito bem ambientado e parecia ser chique demais pro meu bico. Caralho, só gente de terno e moças de vestidos caros entravam alí.
"Alguém esqueceu que infelizmente não sou milionária. Só tenho dois reais na carteira que ficou em casa, inclusive" informei pra ambos, esperando que fosse uma brincadeira, contudo, percebi que estavam falando sério "A comida daqui deve ser mais cara do que a valor de um órgão clandestino no mercado negro!"
"E você perderia essa chance, Babygirl?" Eilish disse com uma picada descarada de desafio, se divertindo. " Peça a mesa, a comida que quiser, a bebida. Peça tudo o que quiser S/n"
"Okay, aproveitando essa deixa, vou vigiar o local" o garoto de cabelo colorido avisou, sem nos dar tempo para responder.
"Parece que será só a gente" meu anjo sorriu um pouco e meu coração pulou.
Entramos no estabelecimento, o salão principal era ridículo de tão exuberante; tudo naquela estrutura refinada esfregava luxo que nenhum salário mínimo poderia sequer pensar em pagar.
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The Devil Hostage™ - Billie&you
Fanfiction"A imagem de um anjo furioso, das asas erguidas ao céu acima de nós, do sangue escorrendo daquelas mãos sagradas e do olhar tempestuoso que jorrava com tanta raiva trovões na minha direção. Eu tinha alguma chance contra aquilo? Nesse momento cheguei...