Sept

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A última pessoa que Louise esperava encontrar quando abriu a porta do apartamento era Eden.

Mas era exatamente quem estava ali.

Parado, com uma pequena mala de rodinhas ao seu lado, os olhos concentrados na mulher que tinha aberto a porta.

Não se viam pessoalmente há um mês e dez dias.

Louise deu um sorriso antes de se jogar nos braços de Eden, que a envolveu em um abraço saudoso e não falou nada, apenas a beijou da forma como sentia tanta falta. Queria sentir os lábios dela nos seus, queria sentir o gosto da boca dela, da língua, o perfume...

- Oi. – Louise falou, separando os lábios dos de Eden, dando um sorriso ao vê-lo ali.

- Oi.

- Entra. – falou, dando espaço para que ele entrasse e logo estavam no interior do apartamento, novamente com os lábios juntos.

Eden prendeu o corpo de Louise contra a porta e voltou a beijá-la tentando aplacar a saudade que sentia do contato físico com o amor da sua vida. Louise soltou uma risadinha sufocada enquanto Eden, agora, beijava seu pescoço e fazia um arrepio gostoso percorrer todo seu corpo ao sentir a barba dele passar por sua pele. Estava rendida.

A primeira peça de roupa a sair do corpo foi a camisa de Eden, que Louise não tardou a jogar pelo chão e voltou a usar as mãos para tocar cada pedaço de pele disponível de Eden, voltando a beijá-lo com pressa.

Eden enfiou os dedos pelos cabelos de Louise e puxou, separando os lábios dos dela e a olhou nos olhos. Louise sentiu que poderia derreter-se ali mesmo, nas mãos dele e sem fazerem absolutamente nada excepcional.

- Eu senti tanto sua falta. – Louise falou, fazendo Eden dar uma risada safada e, quando a mulher se inclinou para beijá-lo, Eden voltou a segurá-la pelos cabelos.

- Sem pressa, mon amour.

- Temos tempo? – Louise perguntou, sentindo a respiração de Eden muito perto e sem nenhum contato direto.

- Só até amanhã perto da hora do almoço.

- Ótimo, estou livre pela manhã no escritório, podemos aproveitar pra colocar em dia tudo que está em falta.

- Vamos primeiro a isso e depois nós precisamos conversar. – Eden falou, mas quando foi beijá-la, Louise se esquivou e olhou sem entender.

- O que precisamos conversar?

- Nada urgente, Lou, podemos deixar pra amanhã.

- Então você deveria ter deixado pra falar sobre isso na hora que quisesse falar sobre.

- Lou, sério, vamos voltar para o que estamos fazendo. Senti sua falta.

- Eu posso ver, mas agora eu quero saber o que precisamos conversar.

- Amor... – Eden suspirou. – Eu devia ter ficado quieto.

- Deveria. – Louise falou séria, soltando-se do abraço e estendeu a mão para Eden e os dois foram sentar no sofá.

- Lou... – Eden deu um suspiro pesado. – Eu vim te ver. Eu fui fotografado deixando a seleção e descendo aqui em Lille. Me viram saindo do aeroporto e eu fui fotografado, só não fui seguido. Eu entrei no seu prédio, passei pelo porteiro e pedi autorização. Passei por vizinhos no elevador. E você abriu a porta e me agarrou no meio do corredor sem se dar conta de que havia pessoas lá. Lou, é injusto demais com a gente que façamos isso, percebe? É injusto esconder, injusto nós sofrermos com a distância e com a saudade só pra ficar fora das fofocas e dos cliques de paparazzi que vão postar as fotos na internet e falar das nossas vidas.

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