Capítulo 17 - Baile de noivado

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Suzanne não conseguia dormir. Sentia-se inquieta demais e antes fosse somente pelo baile. Sua cabeça fervilhava em pensamentos e levava o seu sossego embora para muito longe.

Por que as coisas estavam fugindo de seu controle?

Apesar de estar fazendo tudo ao seu alcance, ainda tinha a forte impressão de que seus planos não estavam caminhando conforme o planejado. E, para terminar de complicar ainda mais a situação, aconteceu a visita inesperada de Seokjin. Ah, foi o xeque-mate.

Por que raios aquele homem teve que aparecer tão repentinamente?

Estava ocupada demais matutando uma maneira de retomar o comando para se preocupar com o escocês de modos grosseiros e atrevidos. Ficara possessa ao descobrir que seu pai o convidou para o baile de noivado, mas só restava aceitar e se manter longe.

Quanto mais longe, melhor.

Com a garganta mais seca que o normal, pensou em chamar Julianne para que lhe trouxesse um copo com água fresca, mas mudou de ideia e decidiu ir buscar por conta própria. Precisava caminhar um pouco, talvez assim o cansaço ajudasse a pegar no sono quando voltasse.

Vestindo um de seus robes de seda e amarrando firme na cintura, Suzanne pegou o candelabro ao lado da cama e saiu do quarto. Apesar das velas, o corredor ainda estava relativamente escuro, por isso apressou o passo para chegar logo a cozinha; desceu o primeiro andar e cruzou rapidamente o corredor onde ficava os aposentos dos hospedes. Estava prestes a alcançar as escadas quando uma sombra a deteve. Ela prendeu a respiração com o susto, mas deixou a máscara cair assim que reparou de quem se tratava. Respirou fundo e permaneceu no lugar.

— Boa noite, lady Suzanne.

Seokjin fez uma reverência exagerada e sorriu.

— O que faz perambulando por aí à essa hora da noite? — indagou ele — Não sabia que não é bem-visto uma dama sair do quarto e ainda mais esse horário?

— Saia da minha frente, por favor.

Ela tentou passar, mas foi impedida no que ele estender o braço para bloquear a passagem.

Encararam um ao outro.

— O que foi? É desconfortável ficar a sós com o homem que você usou e enganou?

O rosto de Suzanne se contraiu.

— Tem certeza de que fui eu quem enganei?

— Que eu bem me lembre, sim.

— O senhor é patético!

— Senhor? — riu debochado — Então voltamos as formalidades?

— Nunca saímos delas.

— Huh...

Seokjin soprou uma risada e deu um passo para trás, abrindo distância, mas não o bastante para que Suzanne pudesse fugir. De novo, trocaram olhares. Havia recordações demais ligando-os.

Cruzando os braços acima do peito, o escocês relaxou os ombros, e alfinetou:

— Então, quer dizer que o seu pai finalmente decidiu empurrá-la para alguém?

A moça não respondeu e ele se viu tentado a continuar com a afronta:

— O filho de um conde não é nada mal. Pena que ele escolheu o homem errado.

— O que quer dizer? — ela franziu o cenho.

— Jung Hoseok não é marido para você.

Suzanne soltou uma risada sarcástica e retrucou:

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