Capítulo 44 - Sob a lápide

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Eu sei que disse que postaria uma semana sim e outra não, mas a inspiração bateu de um jeito, que nem sei como explicar :'D

Daí, eu acabei psicografando quase 4 mil palavras sem nem perceber (mentira, foi um processo difícil kkk)... E, enfim, aqui estamos xD

Eu provavelmente ainda vou manter o que disse que espaçar as postagens, mas espero que tenham gostado dessa surpresa. Altas revelações no capítulo de hoje

BJOKAS *3*


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Queeny observava a irmã andando de um lado para o outro, algo que havia se tornado comum nos últimos dias. Suzanne parecia tensa demais, perdida demais, e muitas das prováveis causas vieram à sua mente. No entanto, não necessitava pensar tanto para saber do que se tratava.

— Ainda sem sucesso? — indagou ela.

— Parece que sou invisível ao senhor Hoseok. Não importa o que eu faça.

Suzanne estava aflita.

Nada do que fizera surtiu efeito em sua relação cada vez mais distante com o Jung. Por mais que tentasse se aproximar, era como se houvesse um muro invisível separando os dois.

Estava se arrumando mais, usando seus melhores e mais ousados vestidos, e até mesmo se comportando com mais audácia do que o habitual. Tudo para chamar a atenção do noivo.

O que mais teria de fazer? O que mais poderia fazer?

Dando outra volta ao redor da sala, Suzanne parou em frente a lareira de mármore e observou a pintura da mãe que fora colocada ali, a pedido próprio anos atrás. Não sabia mais distinguir o que sentia ao olhar para o rosto rígido da falecida duquesa.

Saudade? Mágoa?

Talvez medo ou culpa? Tristeza?

Sempre fora uma mistura de emoções, tal como experimentava naquele instante.

Embora sua aparência fosse semelhante ao do pai, os cabelos louros e olhos azuis, tinha consciência de que herdara vários traços da mãe. Herdar não era a palavra e sim absorver.

Fora criada tendo todos os caprichos atendidos, mas, em compensação, transformou-se no reflexo da duquesa. Era difícil, de qualquer forma, imaginar que seria diferente daquilo ou desejasse ser outra coisa além do modelo ao qual as demais jovens da sociedade pertenciam.

Como mulher e nobre, tinha regras estritas a seguir, ou teria sua reputação jogada na lama.

Não havia outra saída além de seguir o fluxo da vida. Era mais fácil assim. Ao menos, tinha o que desejava, e as atenções estariam sempre voltadas para si. Ela era o centro daquele mundo.

Houve apenas um momento em que ambicionou o que não deveria. Algo que a acompanhava desde então, mas que contrariava as suas convicções e o orgulho de sua própria família.

Tentando dispersar um pouco os pensamentos que a assombravam, ainda que fosse inútil já que não demorariam a retornar, Suzanne olhou por cima do ombro e indagou repentinamente:

— E você? Não deseja mais conquistar as afeições do senhor Yoongi?

Queeny, com uma expressão desinteressada, olhou para ela e não respondeu.

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