"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças."
Leon C. Megginson
Spoleto 1923,a negação é uma das fases de luto, mas Annabell pulou essa "fase".A única coisa que ela queria era justiça da morte da mãe, e caso Pietro não achasse o assassino ela acharia e o faria pagar por cada pecado.
Era seu dia de plantão, quando entrou no quarto do paciente,Breno , viu que o jovem lia uma carta e ela não pode deixar de sorrir ao ver a cara de apaixonado.-Admirador secreto, não é? - Breno guardou a carta tão rápido que Annabell caiu na gargalhada. - Tudo bem, não conto para ninguém!
- Desculpa senhorita, mas não posso lhe contar. - Ele fez um bico falso, os dois caíram na gargalhada. - Eu queria saber quem me deixa flores e cartas...
-E se a pessoa não for o que você espera?
- Eu sei que é um homem... A caligrafia e muito desajeitada para ser de uma mulher,e a forma com que são escolhidas as palavras só me confirmam...
- Tem certeza que não és detetive? - Annabell começou a rir e então olhou séria. - E se for realmente um homem?
- Eu já o amo. Sei que vai ser difícil por que nosso povo não vê o amor desta maneira.
- Então não vamos falar disso até acharmos o felizardo, agora deixe-me medir sua temperatura e colher um pouco do seu sangue, está bem?
- Sim senhorita, seu pedido é uma ordem! - O jovem sorriu para Annabell.
Após seu turno a jovem passou pela Catedral lembrando da cena em que vivenciou anos atrás, aquele seu maldito trauma.
10 anos atrás
Annabell passeava com sua mãe uma bela mulher, Annabell achava que o nome da mãe era um trocadilho com sua beleza, Bella, a criança admirava a mãe tão amorosa e tão calma.
E naquele dia nada estava diferente, devia ser por volta das oito da noite, Bella teve de ir a mercearia para comprar sal pois tinha acabado e o marido à espancaria se não houvesse sal na comida. Ela comprou o sal e voltou ao rumo de casa, Annabell cantarolava e ali foi a última vez em que viu a mãe sorrir. Um homem robusto e forte agarrou Bella e outro agarrou Annabell por trás, o homem robusto começou a rasgar a roupa da pobre mulher e a penetrar os gritos dela foram abafados pela mão do agressor. O que segurava Annabell olhava fascinado com a cena, a pobre garota não entendia o que estava acontecendo ,mas ao ver a mãe chorando e sangrando, entrou em desespero.
Então Annabell tomou uma atitude, mordeu a mão do homem que a segurava, com tanta força que arrancou um pedaço de pele fazendo sangrar e a largar a garota correu tão rápido até chegar a uma taverna onde estava o Senhor Di Angelis e seu filho Pietro de 20 anos, ela correu até eles.-Socorro, minha mama... minha mama! - Os dois a olharam e viram o desespero nos olhos da criança e ela os puxou consigo até onde a mãe estava, mas os homens já haviam fugido.
Sua mãe estava desmaiada, e sangrando muito Annabell foi até o ouvi-o da mãe e sussurrou " Eu vou te proteger mama, eu prometo! " Depois daquele dia sua mãe tinha virado um vegetal e Annabell enfermeira para proteger a mãe, mesmo a contra gosto do pai.
Annabell secou a lágrima que deixou escapar e continuou o seu rumo para casa sozinha e solitária que ela já chamou de lar.Ao chegar ela larga o casaco na cadeira de canto próximo à lareira, e segue até a cozinha e busca na sua prateleira de ervas ag forte o suficiente para acalma-la, acha apenas cavalinha uma boa erva para ansiedade e começa a preparar seu chá quando alguém impaciente bateu na porta.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Peça Socorro
Mystery / ThrillerDor Todos sabem olhar e julgar, mas e ouvir e ajudar? Pois o que eu passei... Ninguém passaria por mim. A dor que eu senti... Ninguém sentiria. As verdades que vi e ouvi, ha! Ninguém aguentaria... Sou fiel à dor... pois é dela que sou feito. Vi...