Descobertas

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Tudo sempre chega ao seu devido lugar, porque as máscaras sempre caem à luz da verdade.

Evandro Horstt

   Spoleto 1923, Pietro estava prestes a ir para Roma atrás do legista que lhe prometeu uma autópsia , quando ele aparece , estava um tanto diferente que a última vez, fazia o que um mês? Sua sala ultimamente fedia a café e bolo de chocolate que Emílio vivia comendo.

- Desculpe a demora...

- Espero que tenha algo útil porque senão é melhor voltar para Roma...

- Ah, meu senhor eu tenho sim, depois de noites em claro, eu consegui... Mas acho que vou precisar de café, sabe a viagem foi longa ...- Pietro pensava em cem maneiras possíveis de matar o homem a sua frente, mas se limitou a dizer.

- Emílio peça a Ellene dois cafés ,por favor.- O menino saiu correndo da sala.- E então?

- Bom a princípio, no corpo em que você pediu urgentemente a análise percebemos que a marca era de um homem, não muito maior que ela , como me interessei pelo caso dei uma aprofundada . E venho lhe dizer que os casos não estão interligados entre si...

- O QUÊ? Como assim ?  Estais a  dizer que tenho mais de um assassino nessa cidade?- Pietro se levantou da cadeira tão rápido quanto sentou .

- Mais especificamente , três, descobrimos que o frei, a senhora Pazzonni, foram assassinado  por um homem porém sua forma de matar é diferente do outro, a madre e o doutor foram mortos por uma mulher e o que resta o senhor já sabe foi outro homem.

-Madre mia , é como buscar uma agulha no palheiro.- Diz Pietro passando a mão  na cabeça.

     Suas suspeitas só aumentavam, sem muita escolha, ele agradece o legista e se retira do seu escritório, descobrir é o que ele precisa , achar Lourenço e achar um culpado.  
     Suas mãos soavam e sua mente turbinava em pensamentos, se havia três assassinos, já estava confirmado. Se Lourenço era um deles, Pietro iria descobrir. Agora os outros dois quem poderiam ser? Poderia os dois estarem embaixo do seu nariz e ele nem se quer perceber?!

   Emílio adentrou na sala com um sorriso no rosto e com um pirulito em mãos.

- Tio tem um homem da polícia querendo falar com  o senhor.

     Pietro estranhou que a polícia viesse tão cedo, se levantou e saiu da sala. Um jovem alto o esperava em frente a mesa de Ellene.

- Bom dia Sr. Di Angelis, achamos uma pista sobre o paradeiro de seu irmão. - Os  olhos de Pietro brilhavam com a notícia.

- Isso é muito bom! Diga-me onde!?

- É em um vilarejo bem próximo. Estamos para mandar uma equipe para lá, só falta o capitão dar a autorização.

- Certo eu irei também, sou o detetive responsável pelo caso e não aceito não como resposta!

     O jovem apenas  concordou, e saiu dali. Pietro pegou Emílio e seguiu para casa,  começou a arrumar as coisas mas lembrou de Emílio,a criança não podia ficar sozinha, ele olhou para o garoto na sala com seu trem de madeira e o chamou.

- Querido, eu vou buscar o papai e queria que você ficasse com uma pessoa, mas claro só se você quiser...

-Você vai buscar o papa, tio? Então eu fico, trás ele pra casa tio por favor...

- Eu vou, eu vou...

     Annabell não saía da cama fazia dois dias, Breno já estava ficando irritado com ela, nunca foi de se desesperar por homem, por que agora o faria?       Uma batida na porta o tirou do transe, saiu da cozinha e atendeu a porta, olhou para Pietr...

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     Annabell não saía da cama fazia dois dias, Breno já estava ficando irritado com ela, nunca foi de se desesperar por homem, por que agora o faria?
      Uma batida na porta o tirou do transe, saiu da cozinha e atendeu a porta, olhou para Pietro com Emílio no colo.

- Tio Breno! - Gritou o menino se jogando em seus braços.

- Oi pequeno, tudo bem?

-Tá sim,  o tio Pietro vai buscar o Papa!

-Vai mesmo é?! - Breno olhou para Pietro tentando entender e com uma expressão seria.-Vamos entrem!

    Eles entraram na casa, Emílio sorria de orelha á orelha apreciado com o tamanho da casa. Pietro se sentou no sofá e Breno fez o mesmo.

-Annabell está?- Pietro estava meio desconfortável  com a situação.

- Em casa ela está, porém não está muito bem...

-Eu estou bem aqui! - Annabell descia a escada só de camisola, cabelos despenteados,seus olhos azuis estavam inchados de tanto chorar e sua voz falha. -Então o que queres comigo?

-Achamos uma pista de Lourenço e eu irei junto a  equipe, queria saber se podes ficar com Emílio enquanto não estou...

-Fico sim, a casa está muito vazia mesmo... - Sua voz falhou enquanto ela tentava dar um sorriso sem graça e as lágrimas tomavam seus olhos.

    Pietro se levantou e foi até ela e a abraçou apertado deixando ela cair em seus braços.

- Eu não sei o que está acontecendo mas tudo vai se resolver... Obrigado por tudo. -  Pietro sussurrou em seu ouvido.

   Logo que Pietro a soltou Emílio correu até ela e abraçou sua perna e sorriu para ela.

- Você me protegeu no hospital e não me deixou chorar, agora eu protejo você. -  Annabell se abaixou e o abraçou, Emílio passou sua mão pequena no rosto da jovem  que sorriu. " Parece que finalmente tenho uma família "  pensou ela.

-Pietro antes que vá eu preciso lhe contar uma coisa! - O olhar da jovem era sombrio. -Vamos para a cozinha.

- Certo o que quer me dizer. - Intrigou-se o detetive.

- Miguel é um dos assassinos! E o nome dele é Giovanni, ele não está mais em Spoleto , te darei mais detalhes quando voltar.

- Como assim?!! Certo, está bem mas me contará tudo sem nenhum detalhes a menos!

      Pietro se despediu de todos e seguiu para casa  arrumou suas coisas e foi até a delegacia. O capitão autorizou sua ida junto ao grupo. Algo o esperava e ele sabia que não seria algo bom. A neve cobria a floresta e o frio também tomava conta do coração de Pietro, ele não seria misericordioso por Lourenço ser seu irmão, ele queria a verdade e ele a teria ,não importava como. Sua viagem começaria agora e sua divisão no coração só aumentava a cada instante em que ele pensava no rumo de seu destino.

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