𝑻𝒔𝒖𝒌𝒊 𝑺𝒆𝒏𝒋𝒖 - A Criança De Olhos Escarlate

01- A flame of hope

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Naquela noite, ao chegar em sua vila, Tobirama se deparou com a pior cena que já viu em sua vida.

Sua família ali, mortos em sua frente, suas vidas foram interrompidas, seus sonhos foram jogados na vala; foram massacrados.

Ele não poderia acreditar, ao menos não queria. Ele não estava ali para proteger sua esposa, sua filha, seus companheiros; sua esperança se esvaía, tudo estava perdido.

Pelo menos era o que ele achava.

E ao se aproximar dos corpos das duas mulheres mais importantes da sua vida, pode notar a respiração fraca e gemidos baixos que saiam dos lábios de sua filha.

Dentro de si, uma chama de esperança ascendeu-se, e ele viu que nem tudo estava perdido, ele poderia salvar sua filha e ele definitivamente faria de tudo para que assim fizesse.

Não teve tempo para se lamentar, apenas pegou sua filha nos braços, a levou para casa, cuidou dela e preparou mochilas com o que precisariam.

Diante de tudo que ocorreu, ele decidiu que retornaria a Konoha, seu antigo lar e o futuro de sua filha, lá ela poderia crescer e talvez ter uma infância normal, se é que existe tal coisa.

Os três dias de viagem foram recheados de perguntas sobre onde iriam, o que fariam, quem estaria lá e coisas do tipo.

A mente da pequena Tsuki estava conturbada, ela já não sorria como antes, seus olhos não brilhavam, seu ânimo já não era o mesmo, seu pai percebeu o quão perturbada estava, afinal quem não estaria?

Ele teria que tomar uma providência, teria de vê-la feliz novamente, ela que o dava forças para continuar, ela era sua pérola, sua esperança, sua musa e seu maior tesouro.

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─ Outousan, onde estamos indo? - Tsuki perguntou.

─ Não se preucupe, querida, quando sairmos de lá tudo estará bem. - Respondeu Tobirama.

─ A mama, não vai voltar, não é? - Seus olhos estavam marejados, seu coração doía, ela nunca havia sentido algo assim, aquilo era totalmente novo para ela.

─ Não, querida, sinto muito. - Estava com peso na consciência, estava com ela em seus braços, seu coração também doía mas não poderia fraquejar diante de sua filha, ele queria ajuda-la ao máximo.

─ Por que fizeram aquilo? Eles fizeram algo ruim?

─Existem pessoas ruins, e aquelas eram desse tipo.

─ A-aqui dói. - Pôs a mão sobre o peito esquerdo - Por que?

─ Acontece várias vezes em nossas vidas, quando perdemos algo. Pessoas vem e vão, e você não precisa se sentir mal por isso; sentir dor é tão humano quanto sentir amor. - Buscou por palavras não tão insensíveis, não queria a magoar mais ainda, a colocou no chão e agachou-se para diminuir a diferença de altura entre ambos.

─ A mama está em um lugar feliz, além do arco-íris não é?

─ Como no livro do Natal? - Ela acentiu - provavelmente, mas você deve continuar e ver o futuro por ela; o mistério da existência humana não reside apenas em permanecer vivo mas encontrar algo por que valha a pena viver; pode ser por um sonho, algo ou alguém, mas tenha sempre um motivo para continuar.