A caixa dos desejos.

28 6 6
                                    

Um, dois e três.  Dormi menina.  Os demónios não virão te pegar.  Eu matei a mamãe e agora tudo está bem.

Um, dois e três.  Acorda menina.  Eu menti você.  Olha ao espelho e diz oque vês que eu direi quem é ela.

O coração nobre da menina.  Esmoronou em pedaços no oceano das mágoas.  Quando na manhã fria 19 de Agosto.  O papai fez as mala e partiu para bem longe.  Tão longe nas terras dos desespero. A menina amava muito e muito mesmo o papai covarde que uma hora antes da ida. Beijou a Rita. A mamãe, na bochecha como o filho da puta do Judas.  E depois disse para ela.  Uma amarga palavra que os adultos usam quando querem voltar a fazer suas efémeras pazes.

Quando o rabinho da menina descansou na poltrona do consultório da Dra. Maria. Rita com um ar apreensivo disse hipoteticamente que a menina estava ficando tipo um palito. Tudo graça a maldita culpa do Papai. Dra. Maria disse: eu vou analisar você.  E a menina respodeu: Eu não estou doente. 

Os adultos sempre acabam por acharem bobagens. Essa respostas e a menina não sentia obrigação em prosseguir.  Os adultos são chatos e bandos de dedo duro. Sua mente desejava voltar para casa apesar de que a paz que la pairava.  O seu pai havia levado tudo com ele. Por conseguinte, ela ainda queria estar ali, bem sentada no sofá.  Assistindo na tv o Bob esponja ou o ratinho Mickey Mouse.

Quando o sol do dia, foi engolida por uma gigantesca nuvem negra no céu. O carro vermelho da Rita estacionou no passeio e a seguir fez uma curva e rumou para  dentro da garagem velha. Um mês atrás.  O pai prometeu remodelar aquela garagem. Os filhotes do gatinho da Luísa  Tinham sido encontrados no chão fresco daquela garagem.  Mortos com uma marca de dentada bem no pescoço.  Não tinha sido o cachorro da menina e nem muito menos as pombas da Rita.  (Qual é,  pombas são tão selvagens assim para assassinarem de maneira terrível Dois gatinhos?)

Esta questão inrespondida ficou gravada na memória da mãe por umas maravilhosas três semanas. Os autores daquela calamidade, nunca tinham sido encontrado.  Tia Luísa que é uma enfermeira, disse que aquela dentada era de um humano.  Homem ou mulher.  Papai ou mamãe.  Que absurdo!  Quem poderia fazer aquilo?

-psicopatas.
Disse o pai.

- Psicopatas não comem gatos.
Respodeu a tia Luísa.

- como tens a certeza?
- porque eu sou uma psicopata.

Disse a tia Luísa sem mentira espelhada nos olhos.

Naquele meio dia a menina foi para a sala e a Rita ficou na garagem arrumando algumas coisas. Ouviu la do outro lado. O carrão do Fred buzinando. " escroto feio" Pensou ela. Fed era mesmo um escroto filho da mãe.  Exibia seu peitinho de merda nas manhãs no ginásio achando que iria impressionar a mulher solteira. Vá tomar no cú e vê se limpe bem esse traseiro miúdo.  Estas fedendo que nem a boca do Verez.  Uma vez ela disse essas palavras duras a ele. Oque foi que ele respodeu?  Nada. Absolutamente nada. Os escroto, são pessoas idiotas e cheio de luxos.

Depois de minutos empilhando as coisas velhas.  Ela encontrou uma pequena caixinha dos desejos jogado no lixo. Ideia nenhuma veio em sua mente desnorteada de quem poderia ser o dono daquela caixinha.  Fitou longos e curiosos minutos a pequena caixa vermelha com desenho de uma criatura semelhante ao dragão. Ela já tinha brincado uma vez com essas caixas dos desejos. Quando ela batia os 22 anos, recém universitária na faculdade de medicina. Ela saiu com as amigas para umas cervejinhas até que rolou.  Mas depois, uma magricela tocou no assunto e as outras decidiram brincar.  Ela não brincou com aquela caixinha.  Não acreditava nessas coisas as amigas brincaram e depois dali.  Nunca mais ouviu a falarem delas.  So ficou sabendo que duas das amigas. Tinham morrido e as outras sei la, Parece que a terra as havia engolido.

O desejo curioso tomou conta da sua normal racionalidade e pensou consigo mesma. "nunca é demais.  Vou tentar"

Suas mãos abriram a caixa. Olhou com receio no pequeno desenho de estrela que Estava no meio.  E disee.

- desejo que a minha filha fique gorda. 

Sua voz soou num ronco.  Esperou um pouco.  Achando que a resposta chegaria de emediato.  "Não vale nada. É só um joguinho estúpido"
Jogou novamente no lixo e foi embora.

Ao ambiente do jantar silencioso. Ela perguntou se a caixa era da menina. Ela respodeu que não.  Achou que fosse daquele covarde sem vergonha. E menina disse porém que não. Ao despertar pela manhã, ela foi ao trabalho.  Seu trabalho bem chato.Mais um dia, outro dia, dia seguinte.

A menina estava bem gordinha com as bochechas coradas.  Rita a estimou com a perfeita satisfação de que ser gorda é sinónimo de saúde. Dra. Maria em seu consultório ficou abertamente fascinada. Na tarde de domingo, Rita lembrou da caixa dos desejos. Foi para pegar de novo no lixo.  Mas... ela tinha depositado todo o lixo no contentor, na semana passada. E o camião da recolha já tinha definido o destino do lixo.  Em Casu. Uma hora de distância. Partindo da cidade do limbo.

As ideias de desistência não encaixaram devidamente no lugar para a fazerem não ir por la. Sem rodeio de tempo, ligou o seu carro e pós a partida a uma hora até ao Casu. Rolou uma briga fria com os trabalhadores daquela merda de lugar.  Implorou ao chefe em serviço. Dois homens grandes desceram e com pás, Vasculharam o monte de lixo.  Numa exaustão raivosa encontraram a caixa. Rita sacudiu e limpou com as pontas de um lenço de bolso oferecido pelo o chefe. Deu retaguarda, despediu e rumou para o limbo.

Na noite.  Já com a caixa dos desejos em pose e limpo.  Ficou encarando com atenção e pediu.

- quero que o Xavier morra. Ele fodeu a minha vida. Se ele não me trai-se com a Carla. Tudo estaria bem neste momento.  E a minha filha não choraria no seu quarto pensando nele. Quero também que a Carla morra.
Eu quero que eles morram!

Disse ofegante.  Recuperou o fôlego, fechou a caixa e guardou. Uma semana depois,  um tal de enfermeiro Marcos ligou  a partir do hospital geral do Matab até a casa da Rita. Informando que o Xavier morreu num acidente. Ela sorriu num sim.

Uma tal de Marlene veio em casa dela em profundo choro dizendo que a Carla morreu num incêndio.  Ela sorriu num sim. Sua irmã menor morreu num incêndio e ela estava feliz. Não compareceu em nenhum dos funerais e nem contou nada em sua filha.

Ficou coladinha em sua demoníaca caixa dos desejos.  E num pedido, se vingava dos seus inimigos e inimigas.  Num pedido em sua conta bancária misteriosamente cai o valor alto de dinheiro que ela quisesse. Num pedido,  ela tinha tudo.
Trabalhar?  Pra quê? A caixa dava tudo que ela desejava.  A sua filha Estava feliz e mais gordinhas. E ela se sentia a dona do pedaço.

Sucessos geram resultados variados.  Caixas dos desejos geram respostas bem terríveis.
Rita teve como o prémio no final de todo os pedidos concretizados. Uma dolorosa e horrível morte com o bónus da sua alma sendo entregue aos demónios.

Sua filha sozinha e abandonada no mundo.  Encontrou a caixa e pediu que a mãe voltasse.
Ela voltou.  Mas não como a mãe que ela tinha.  Voltou como uma tempestade e agora, todos iriam pagar.

A Caveira do Rei. Onde histórias criam vida. Descubra agora